Um dia após a história da família Melniski ser divulgada
pela imprensa caçadorense, o marido Francisco Berto Melniski entrou em contato
novamente para dizer que atingiram o valor necessário na vakinha virtual para a
sequencia do tratamento de sua esposa Kelly e do filho Guilherme que ela
espera, estando com 27 semanas de gestação.
Com isso, Francisco avisa que a vakinha está encerrada, pois
não desejam arrecadar mais do que o necessário. Outra boa notícia dada pelo
pai, é que o SUS informou que irá custear as injeções anticoagulantes que Kelly
necessita para tratar a tromboembolia pulmonar.
“Sendo assim, o valor já arrecadado é o suficiente para realizar
os outros acompanhamentos e tratamentos propostos pelos demais especialistas.
Desde a divulgação da história tenho recebido muitas mensagens de apoio e
solicitações de amizade nas redes sociais, de muitas pessoas preocupadas com a
saúde de minha esposa e do bebê. Desde já quero agradecer os veículos de
comunicação que contribuíram divulgando nossa história, assim como a todas as
pessoas que contribuíram para que chegássemos ao valor necessário. Que Deus
abençoe a todos”, declarou Francisco.
Francisco ressalta que assim como sua família passa por este
momento difícil, outras famílias também possuem seus problemas de saúde e a
intenção é que possam ser ajudadas. “Por isso também encerramos a vakinha e
aqueles que gostariam de nos ajudar e não conseguiram, podem contribuir com
outras pessoas que também precisam. Ao final do tratamento de minha esposa e o
nascimento de nosso segundo filho, irei novamente divulgar a tabela com todas
as despesas que tivemos, fazendo uma prestação de contas para quem contribuiu.
Se caso sobrar recursos arrecadados, farei uma doação para alguma instituição
de Caçador”, explica.
Entenda o caso
Em fevereiro deste ano Francisco Berto Melniski, a esposa
Kelly e o filho do casal de 9 anos, contraíram a Covid-19. Nesse período, a
esposa estava com aproximadamente duas semanas de gestação do segundo filho. Os
três realizaram os tratamentos necessários e a princípio estava tudo correndo
bem, inclusive no pré-natal, até que as coisas começaram a mudar.
Dia 18 de junho, cerca de quatro meses após passarem pela
Covid, sua esposa Kelly foi ao banheiro por volta das 17 horas, e desmaiou.
“Ela deu entrada no hospital com uma parada cardiorrespiratória. Após
reanimarem ela, entubaram imediatamente e diagnosticaram que ela havia
desenvolvido uma tromboembolia pulmonar severa, devido a Covid 19”, lembra o
marido.
E ali começou o pesadelo da família, já que as chances de
Kelly sobreviver eram mínimas e as do bebê Guilherme quase não existiam.
“Foram 17 longos dias de UTI, onde os médicos não davam
muitas esperanças e sempre mencionaram a grande possibilidade de danos neurais.
Nesse mesmo período devido a complicações ela não pode ser movimentada, vindo a
ter escaras. Após esses dias ela saiu da UTI e foi para o quarto, foram mais
dez dias de internação”, explica Francisco.
Kelly então recebeu alta e após cinco dias em casa deu
entrada no hospital novamente com convulsões, dia 20 de julho. No hospital foi
diagnosticada a bactéria KPC, de origem hospitalar de acordo com o marido. De
lá para cá, ela precisa realizar acompanhamento com alguns profissionais antes
do parto, sendo eles: cardiologista, pneumologista, neurologista, hematologista
e psicólogo.
Atualmente, com 27 semanas de gestação, ela recebeu alta
novamente na quinta-feira, dia 28 de julho.
A família estava tentando encaminhamento pelo SUS, que agora
foi conseguido para o custei das demais injeções anticoagulantes, que custam na
faixa de R$ 180,00 cada uma. Kelly encontra-se acamada, usando fraldas e
iniciando processo de fisioterapia para voltar a caminhar e fortalecer pernas e
braços devido ao longo período de internação.
Com informações: ExtraSC