O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, garantiu que o Brasil receberá em janeiro de 2021 um primeiro lote de 15 milhões de doses da vacina do laboratório AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Pazuello participou na manhã desta quarta-feira (2) de audiência pública na comissão mista do Congresso, que acompanha as ações de enfrentamento ao novo coronavírus (Sars-CoV-2) e a execução orçamentária durante a pandemia
De acordo com o ministro, o acordo para essa o imunizante, fechado por R$ 1,9 bilhão, prevê a chegada de 100 milhões de doses no primeiro semestre. Após a transferência de tecnologia, o país estaria apto para produzir até 160 milhões de doses durante a segunda metade do ano.
Idosos, profissionais de saúde e indígenas serão os primeiros vacinados
O ministro da Saúde alertou sobre a capacidade de laboratórios internacionais entregarem grandes volumes de vacinas ao Brasil. Pazuello afirmou que são “uma, duas ou três” as opções de laboratórios que desenvolvem vacinas contra a Covid-19 com quantidade suficiente e um bom cronograma para atender as necessidades do País.
Sobre o preço dos imunizantes, Pazuello explicou que é um fator importante para a escolha da vacina e disse que o imunizante da AstraZeneca e da Oxford em terá custo de US$ 3,75 por dose – o que, segundo ele, representa em média um terço do valor das demais vacinas.
Na tarde de terça-feira, o ministério lançou um plano inicial para a vacinação da população brasileira, que será dividido em quatro etapas.
Confira as etapas
Na primeira fase, seriam vacinados os idosos com 75 anos ou mais, indígenas, profissionais de saúde e idosos acima de 60 anos que vivem em instituições de longa permanência. A estimativa é serão necessárias à primeira fase 29,4 milhões doses, considerando duas para cada pessoa e mais 5% de perda estimada.
No segundo momento, a promessa é de vacinar os brasileiros com mais de 60 anos, dos mais velhos para os mais jovens. Idosos entre 70 e 74 anos, seguidos pelas faixas etárias de 65 a 69 anos e 60 a 64 somam cerca de 21 milhões nesse grupo.
Na terceira fase da campanha, serão imunizadas pessoas maiores de 18 anos com comorbidades. Ou seja, com: diabete, hipertensão arterial, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, transplantados de órgão sólido, pacientes com anemia falciforme, câncer (com diagnóstico nos últimos cinco anos) e obesidade grave (IMC acima de 40). A estimativa é de imunizar 12,6 milhões de pessoas.
A quarta e última fase deve abranger professores, profissionais de segurança, população carcerária e funcionários do sistema prisional. Os grupos somam cerca de 4 milhões de pessoas.
Fonte: IG SAÚDE