O Índice de Atividade Econômica (IBC) de Santa Catarina
registrou em julho a quarta expansão mensal consecutiva, com variação de 0,83%
em comparação com junho. O resultado ficou acima da média nacional, de 0,6%,
nos dados dessazonalizados. Na comparação com julho de 2020, o avanço foi de
8,8% - o segundo maior crescimento entre os estados brasileiros no período,
atrás apenas do Espírito Santo.
“Percebemos que o avanço da vacinação no país e a reabertura
das atividades está permitindo o crescimento da economia em Santa Catarina e no
país. O resultado é um ciclo virtuoso, que vai resultar na retomada de todos os
setores da nossa economia”, avalia o presidente da Federação da Indústrias de
Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar.
No acumulado de janeiro a julho de 2021, a expansão do IBC
em Santa Catarina foi de 9,27%, taxa superior à do Brasil, de 6,8%.
De acordo com análise do Observatório Fiesc, o comércio foi
o segmento que teve maior destaque no período, com expansão de 12,5% no mês de
julho na comparação com junho. Conforme o economista Maicon Luiz Brand, o
resultado foi puxado principalmente pelo aumento das vendas de outros artigos
de uso pessoal e doméstico. No Brasil, a expansão do setor foi da ordem de
1,2%.
Apesar do recuo em julho ante junho, o setor industrial de
máquinas e equipamentos teve expansão no acumulado do ano. Já o segmento de
Serviços sofreu retração, com destaque para serviços de informação e
comunicação. Desequilíbrios entre oferta e demanda, continuam sendo grandes
desafios para ambos os setores.
“O cenário atual ainda se mostra desafiador em função do
nível de inflação, da perspectiva de uma crise hídrica e gargalos logísticos,
que vêm afetando os demais setores da economia, sobretudo a agropecuária e a
indústria”, avalia o economista do Observatório Fiesc. No curto prazo, no
entanto, as perspectivas são positivas em função da retomada das atividades
principalmente de lazer e consumo.