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Amor & Sexo


Sexo sem compromisso – porque não?

“Lidiane, ando meio enrolado com as mulheres e não havia nada que me prendesse num relacionamento. A Ana trabalha muito no mercado e mal tem tempo para encontrar um amor. Nós éramos grandes amigos até o belo dia em que resolvemos ter uma transa, sem compromisso, e o que parecia ser uma boa válvula de escape, começa a ganhar contornos de algo mais sério e o que era somente amizade pode ter se tornado em um grande romance. Resta saber se isso pode ou não dar certo. Lidiane estou confuso, não sei o que está acontecendo comigo?” Carlos – Santelmo

Srsrsrsrsr. Carlos, que doidera amigo. Conheço bem as regras desse relacionamento moderno – sexo sem compromisso. Sem ciúme, sem esperanças, sem brigas, sem flores, sem mensagens, sem telefonemas, sem apelidos e sem olhos nos olhos. Não foi assim amigo? srsrsrs. Agora eu lhe pergunto: Até quando?

É brother, quando a vontade de estar perto e saber o que o outro está fazendo aparecem, assim como os sentimentos além da amizade, resta esperar para ver quem será o primeiro a se entregar. No seu caso é só uma questão de tempo para vocês assumirem a relação. Heheheheh. Viu, até os relacionamentos modernos tem o lado bom da história, o que era pra ser apenas algumas transas, vai acabar em romance. Fico muito, mais muito feliz por vocês. Vamos torcer para que outros “relacionamentos modernos” acabem como o de você.

Carlos vou perguntar de novo: Sexo sem compromisso – porque não? srsrsr

Mas vamos lá amigo, a gente brinca um pouquinho mais hoje, o sexo sem compromisso faz parte dos relacionamentos modernos, não estou dizendo que sou a favor de sair por aí dando pra qualquer um e sem responsabilidade. Já falei muito por aqui sobre esse negócio de sair transando por aí só porque o cara tem dinheiro, carrão e é bonitinho. Amigos, não esqueçam: quem vê cara não vê Aids, nem DST's e nem gravidez indesejada. Sem camisinha não dá!

Gente, não me canso de bater nessas teclas, porque hoje estou com 36 anos, felizmente, amadureci, meus interesses, meus valores são outros. Sabe amigos, nunca me considerei pegadora, mas já fiz, sim, sexo sem compromisso. Mas agora estou longe de fazer test drive, hoje com um, amanhã com outro homem que esteja me dando mole. Eu prefiro viver poucos relacionamentos, mas intensos. Hoje estou solteira, mas nos últimos tempos tive o prazer de viver dois grandes e intensos amores, pelo menos pra mim (srssr). Não vou dizer que não, mas às vezes, bate uma carência, mas não é por isso que vou me jogar nos braços do primeiro que aparecer.

Mas, voltando a foco, pessoal, num passado não muito distante primeiro era necessário estar casado para transar. Depois os tempos mudaram e namorados já faziam sexo. Depois inventaram essa história de ficar e os ficantes já podiam transar.

E com toda essa evolução sexual, hoje em dia não é mais necessário nenhum vínculo para se ter sexo. Graças ao advento da camisinha, aos movimentos de igualdade entre os sexos e aos motéis espalhados pela cidade, sexo pode ser casual e livre de qualquer compromisso! Certo?

Na teoria tudo certo e na prática podemos dizer que também. Mas todos sabemos que o sexo casual já foi o símbolo da liberalização feminina. Com as primeiras pílulas anticoncepcionais nas mãos, a mulherada quebrou as unhas pelo direito de também transar sem compromisso. Décadas depois dessa virada histórica, encarar uma noite e nada mais é cada vez mais comum entre as mulheres. Mas acho que essa liberação está muito explícita. Tudo bem se você quer sair por aí fazendo sexo sem compromisso, mas não precisa escancarar. Nada de ficar se pegando com mais de uma pessoa na frente de todo mundo. E nada de espalhar seus feitos para quem queira ouvir, como “ficar”, “dar” a torta e a direita fosse a coisa mais normal e linda que tenha para ficar divulgando. Discrição amiga, o que você faz na sua intimidade ninguém precisa saber. Certo?

Meninas não esqueçam: a mulher sexualmente liberal infelizmente ainda é vista por alguns homens como galinha, enquanto eles são os baguais. Por isso a discrição é sua maior aliada. Se quer encarar o sexo sem compromisso, se dê o respeito, não precisa espalhar as quatro cantos sua vida sexual.

Mas amigas não confundam sexo com afeto. Transar por transar é uma decisão pessoal e não há nada de errado nisso. Cada um sabe com quem, quando e de que maneira deve ter uma relação. Está decidida a embarcar numa noite caliente com o cara que está flertando com você no msn? Então esteja pronta para arcar com o risco da aventura, seja ela boa ou ruim. Se não for legal ou se ele julgá-la depois, não se abale por causa disso.

Amiga faça um pequeno teste antes de se render ao amor livre. Então vamos lá: É para extravasar a libido, para curtir um amasso? Ok, tudo certo. Mas se estiver carente e topar ir para a cama só para ter uma companhia, cuidado. Você pode acabar a noite na pior. Fome de sexo se mata com sexo. Fome de carência afetiva se mata com afeto. Se topou transar porque está carente, pode se sentir solitária ou deprê depois. Também não adianta se iludir. Se no fundo você torce para que o telefone toque, mude o modo de encarar a situação. Pense nisso!

Com carinho,

Lidiane Cattani Rabello - jornalista


Lidiane Cattani

Depois de conversas e conselhos sobre relacionamentos amorosos à amigas, Lidiane passou a publicar essas histórias e opiniões. Os artigos deram tão certo que já são três anos desse trabalho. A participação do leitor e as pautas sobre o assunto são muitas, o que garante boas histórias. A popularidade da coluna se justifica pelo fato dos leitores se identificarem com as situações e pela forma descontraída como a autora conduz as respostas. A maioria dos artigos são apimentados, o que aguça a curiosidade do leitor.

cattanirabello@hotmail.com