A falta de serviços especializados e a carência de profissionais para atender as crianças autistas do Município de Caçador foi tema da Palavra Livre desta terça-feira (9), na Câmara Municipal. O espaço virtual foi utilizado por Fábio de Lima Garcia, pai de um menino de quatro anos que possui este tipo de transtorno, e que sente na pele a falta de estrutura para a efetivação de um tratamento adequado.
O objetivo de participar da sessão foi solicitar o apoio do Legislativo na criação e fortalecimento de políticas públicas que possibilite o Município ampliar o número de profissionais especializados para atender os autistas, além da regulamentação da Associação Amigos dos Autistas (AMA).
“São poucos os profissionais que atendem hoje em Caçador e a maioria já atua na APAE ou em clínicas particulares. Isso dificulta um tratamento adequado especialmente devido à demanda, além do alto valor ao buscar o serviço de forma particular”, explica.
Fábio relata ainda que seu filho atualmente é atendido pela APAE com duas horas de terapia semanal. No entanto, há necessidade, conforme orientação médica, de que este tempo seja ampliado entre 10 a 15 horas por semana e isso no momento não é possível. “Até conseguimos um atendimento gratuito na AMA de Fraiburgo, mas para nós é inviável se deslocar todos os dias até a cidade vizinha”.
O caçadorense ainda chamou a atenção para a estruturação nas escolas visando atender o público autista. Segundo ele, as unidades não possuem profissionais especializados exclusivos para esta finalidade. “Meu filho está prestes a completar a idade para frequentar o ensino regular e a minha preocupação é quem irá atendê-lo, se haverá um profissional exclusivo para auxiliá-lo ”, indaga.
Após a sua manifestação os vereadores de Caçador também destacaram a necessidade de se ampliar estes serviços, colocando-se à disposição para auxiliar naquilo que for possível.