O processo criminal que apura o feminicídio da advogada
Karize Fagundes, assassinada em Caçador ano passado, encontra-se
temporariamente suspenso. A interrupção se deve à interposição de um Recurso em
Sentido Estrito por parte da defesa do acusado, o qual contesta a decisão
judicial que determinou o encaminhamento do caso ao Tribunal do Júri.

A informação foi divulgada em nota oficial assinada pelo
advogado Felipe Yoshimi Cassiano Tukuda, do escritório Tukuda & Lindomar
Advogados, que acompanha o caso.
De acordo com a nota, o acusado foi denunciado pelo
Ministério Público (MP) pelo crime de feminicídio. Após a fase de instrução, o
juiz responsável entendeu que havia indícios suficientes para que o réu fosse
submetido a julgamento popular, como prevê a Constituição Federal nos crimes
dolosos contra a vida.
No entanto, a defesa recorreu da decisão com um Recurso em
Sentido Estrito, instrumento jurídico que visa reavaliar a decisão do juiz de
primeiro grau antes que o processo avance ao Tribunal do Júri. Enquanto o
Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ/SC) não analisar o recurso,
o processo permanece suspenso na comarca de origem.
Segundo o advogado Felipe Tukuda, “o processo tramita agora
em segunda instância, e somente após a manifestação do Tribunal de Justiça é
que poderá seguir para a próxima fase”. Ele reforça que todos os esforços estão
sendo feitos para que a verdade prevaleça e que o responsável pelo crime seja
julgado com o devido rigor da lei.
O acusado, identificado como ex-companheiro da vítima, segue
preso preventivamente em Caçador. Caso o TJ/SC mantenha a decisão inicial,
o réu será levado a júri popular.
Karize Fagundes era uma advogada conhecida por sua atuação
profissional e sua trajetória em Caçador. O crime provocou comoção na
comunidade e mobilizou instituições em defesa dos direitos das mulheres e da
luta contra a violência de gênero.
Com informações: Portal RBV