A defesa do casal acusado de maus tratos contra um bebê de
três meses se manifestou. Em nota, a defesa do casal negou a prática de
qualquer agressão ou omissão, e informou que "os fatos merecem uma
investigação mais aprofundada, e serão esclarecidos durante a instrução
processual".
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), os suspeitos que tiveram a prisão
preventiva decretada, têm 22 e 19 anos e possuem duas filhas. A criança deu
entrada na emergência do hospital Maicé, em Caçador e foi transferida
para Florianópolis com várias lesões e em quadro de parada
cardiorrespiratória.
De acordo com o delegado Fabiano Locatelli, os cuidadores
são os únicos suspeitos do caso. Nesta quarta-feira, 20, o menino de três meses
seguia internado em Florianópolis, com informações de familiares de que foi
constatada morte cerebral.
A criança ficava sob responsabilidade do casal enquanto a
mãe, que é venezuelana, trabalhava, informou a Promotoria de Justiça da
Infância e Juventude da Comarca de Caçador.
O homem e a mulher presos foram encaminhados para o Presídio
Regional de Caçador, com prisão preventiva já decretada e a Civil Polícia Civil
segue investigando o caso.
O casal foi indiciado pela prática do crime de lesão
corporal de natureza grave, com a incidência de dispositivos da lei Henry
Borel (Lei nº 14.344/2022), aprovada no último dia 24 de maio, criando
mecanismos para a prevenção e o enfrentamento da violência doméstica e familiar
contra a criança e o adolescente", detalhou a corporação.
O que diz a defesa
Em relação aos fatos que estão sendo acusados os meus
clientes, cujos nomes mantenho em sigilo já que o processo corre em segredo de
justiça, informo que:
Os acusados negam a prática de qualquer agressão, ou
qualquer tipo de omissão. Estavam cuidando do menor há apenas três dias, e no
dia dos fatos notaram que o menor chegou diferente (mais quieto), porém não
notaram nenhuma lesão.
Que após mamar, o mesmo acabou se afogando, momento que foi
conduzido até o hospital. O casal possui duas filhas (6 meses e 2 anos) que
nunca tiveram qualquer tipo de maus tratos, sendo crianças extremamente bem
cuidadas, uma inclusive mamando no peito.
Os fatos merecem uma investigação mais aprofundada, e serão
esclarecidos durante a instrução processual, e com certeza a verdade virá à
tona.
Neste momento, peço respeito aos meus clientes e seus
familiares, pois ainda é muito precoce tomar qualquer posicionamento ou
julgamento antecipado. Vamos aguardar o andamento processual.
Serão impetrados habeas corpus no Tribunal de Justiça,
objetivando a liberação dos acusados. As crianças estão aos cuidados das
avós".
Com informações: g1