Nesta sexta-feira, 24, a Delegacia de Polícia de Pessoas
Desaparecidas (DPPD) da Polícia Civil de Santa Catarina completa oito anos de
criação. Durante este período, a DPPD registrou mais de 30 mil boletins de
ocorrência de reaparecimento de pessoas.

Desde a criação da DPPD, o trabalho realizado pela delegacia
especializada traz benefícios para a sociedade catarinense. Diferentemente do
que acontecia antes da criação da Delegacia, quando os registros de
desaparecimentos de pessoas eram apenas incluídos no sistema, desde sua
inauguração, uma via do BO é encaminhada para a DPPD.
Além disso, assim que a DPPD toma conhecimento de um fato
que envolva criança, idoso ou pessoas com necessidades especiais, de imediato,
procura fazer contato com familiares para obter mais informações sobre as
causas do desaparecimento e as características dos desaparecidos.
Em virtude do trabalho realizado pela Polícia Civil, através
da DPPD, o Delegado da Delegacia, Wanderley Redondo, foi indicado, no início
deste mês, como autoridade central estadual da Política Nacional de Busca de
Pessoas Desaparecidas, convidado para debater o tema em Brasília e a fazer
parte de um grupo temático.
Segundo o delegado Wanderley Redondo, a melhor forma de a
população ajudar no trabalho da DPPD é informar quando um desaparecido é
encontrado. “O que necessitamos é que a população retorne a delegacia para dar
baixa, quando seu ente foi localizado”, destaca.
Atualmente, Santa Catarina conta com o registro de 1.383 BOs
de desaparecimentos, sendo 18 crianças, 120 adolescentes e 1244 adultos. Quase
a totalidade dos casos é resolvida via telefone, as investigações são
realizadas em redes sociais, sites federais e estaduais. O acesso aos sistemas
integrados com o Paraná e o Rio Grande do Sul também de grande valia para o
sucesso do trabalho.
“Um trabalho inédito a nível nacional, onde a DPPD atua
junto ao Grupo Força Tarefa DOA (defesa, orientação e apoio as pessoas em
situação de rua), envolvendo os parceiros Ministério Público, Polícia Militar,
Guarda Municipal e Assistência Social de Fpolis, CDL, Consegs, Instituto de
Identificação, Instituto Médico Legal e Instituto de Analises Forenses e outros
órgãos da Polícia Civil, consiste na abordagem e identificação das pessoas em
situação de rua e feitura de documentos de identidade”, relata o delegado
Wanderley.
Destaca-se ainda o trabalho da DPPD na coleta de material
biológico de familiares de desaparecidos para serem inseridos pelo Instituto de
Análises Forenses (IAF) no banco de perfis genéticos estadual e nacional.