As três crianças e duas funcionárias da creche de Saudades, Oeste catarinense, que foram assassinadas na manhã desta terça-feira (4) sofreram pelo menos cinco golpes de facão, informou o Instituto Geral de Perícias (IGP) em coletiva de imprensa. Os corpos serão velados coletivamente na cidade.
De acordo com a Polícia Civil, as cinco vítimas foram mortas por um jovem de 18 anos que entrou com duas armas brancas na creche, sendo uma delas um facão sofisticado, segundo a polícia. Após os assassinatos, ele golpeou o próprio corpo. Ele foi detido e levado ao hospital, onde passa por cirurgia. Uma criança de 1 ano e 8 meses também ficou ferida e estava em estado gravíssimo até a noite desta terça, segundo o Corpo de Bombeiros Militar.
O perito do IGP Carlos Augusto Nogueira detalhou na coletiva os ferimentos das vítimas:
Uma das criança teve cinco perfurações nas costas, uma no tórax e dois ferimentos na cabeça
Outra criança teve três ferimentos perfurocortantes no abdômen, dois no tórax e um nas costas
A terceira criança teve duas perfurações nas costas, uma no glúteo, duas no tórax e uma na lateral direita do abdômen
A professora teve dos ferimentos cortantes na perna direta, próximos ao calcanhar, um na perna esquerda, quatro perfurações nas costas e uma no braço esquerdo
A agente educacional teve lesões no abdômen.
O que se sabe até agora:
Um jovem de 18 anos entrou na escola Aquarela com um facão. Ele foi identificado como Fabiano Kipper Mai.
A creche fica na cidade de Saudades (SC) e atende crianças de 6 meses a 2 anos.
O ataque deixou cinco mortos: três crianças e duas funcionárias.
O assassino foi preso e levado a um hospital após dar golpes contra o próprio corpo.
Na casa do assassino, a polícia encontrou R$ 11 mil e duas embalagens de facas novas.
Keli Adriane Aniecevski, de 30 anos, era professora e dava aulas na unidade havia cerca de 10 anos. Mirla Amanda Renner Costa, de 20 anos, era agente educacional na escola.
De acordo com o assessor jurídico de Saudades, Luiz Fernando Kreutz, Mirla chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu.
Os três bebês eram Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses; Murilo Massing, de 1 ano e 9 meses; e Anna Bela Fernandes de Barros, de 1 ano e 8 meses. A identidade das crianças foi confirmada pelo delegado Jerônimo Ferreira.
Uma professora da escola, que não estava na unidade no momento do ataque, disse que, segundo relatos, funcionárias esconderam os bebês quando o assassino começou o ataque.