O novo coronavírus, que já infectou milhões de pessoas no mundo, chegou também a 13% das cadeias de Santa Catarina. Das 51 unidades prisionais do Estado, sete já registraram ao menos um caso de Covid-19. Ao todo, 16 funcionários, 11 presos e um adolescente testaram positivo para a doença – totalizando 28 infectados.

Os dados foram divulgados pela SAP (Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa) na noite deste domingo (7). Não houve mortos entre os infectados.
Os casos estão espalhados nos presídio de Biguaçu, Blumenau e Caçador. Segundo a SAP, as penitenciárias de Florianópolis, Itajaí e Criciúma também já registraram a presença do vírus. Entre as cadeias para mulheres, somente o Presídio Feminino de Itajaí teve ocorrência da doença.
Há ainda funcionários que trabalham na sede da Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa com diagnóstico positivo para o vírus. A Pasta não divulgou o número de casos por local.
O primeiro caso de detento com Covid-19 em Caçador foi confirmado no dia 19 de maio.
Adolescentes
Além das unidades prisionais, a Covid-19 chegou a três centros que abrigam adolescentes cumprindo medidas provisórias. São eles: Casep (Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório) de São Miguel do Oeste, e os Cases (Centro Socioeducativos Regionais) de São José e Criciúma.
Entre os infectados, cinco servidores e um interno já estão recuperados. Ao todo, a secretaria que administra as estruturas realizou 556 atendimentos de saúde.
Monitorados
Segundo o relatório da SAP, 222 servidores que tiveram contato com pessoas suspeitas ou confirmadas com a doença são monitorados. Outros 12 presos que deram entrada no sistema durante as últimas semanas foram isolados preventivamente.
Além deles, cinco servidores e três detentos apresentaram ao menos um sinal clínico da doença. Eles estão sendo monitorados. A secretaria não informou se estes casos suspeitos foram testados para Covid-19.
Dos 11 detentos infectados, segundo a SAP, apenas cinco conseguiram a autorização judicial para se recuperar em casa.
Superlotação
Mesmo com a iniciativa, as cadeias do Estado ainda registram superlotação. Atualmente, a população carcerária é de 21,7 mil internos. No entanto, a capacidade é de apenas 18,1 mil presos, segundo o Depen (Departamento Penitenciário Nacional). O déficit atual é de 3,6 mil vagas.