Está marcado para acontecer na próxima terça-feira, 26, no fórum de Caçador, o júri popular do ex-vereador Cloreni de Almeida, conhecido como Nerizinho, e do policial militar da reserva Valdecir de Jesus Budal. Os dois são acusados de envolvimento na morte de Amélia Bertotto, que foi brutalmente assassinada em setembro de 2012, em Calmon.
Ex-vereador Nerizinho sendo preso em 2012
A sessão do júri será presidida pelo juiz Gilberto dos Anjos. Na defesa dos réus, atuará o advogado Claudio Gastão Rosa Filho, e na acusação a promotora Luciana Leal Musa, representando o Ministério Público.
O julgamento de Cloreni e Valdecir é um dos mais aguardados. A data do júri foi remarcada pelo menos nove vezes durante os últimos anos, conforme consta no site do Tribunal de Justiça. Até esta sexta-feira (22), nenhum pedido foi formulado para cancelar ou redesignar a sessão.
Os réus aguardam julgamento em liberdade.
Leia mais
O crime ocorreu no dia 22 de setembro de 2012 na comunidade São João de Cima, interior de Calmon. Amélia estava sozinha em casa quando foi atingida por um tiro na face e morreu na hora.
Casa onde Amélia foi morta a tiros
Um adolescente de 15 anos, Jhonatan Kowaltski, chegou no local no momento que os criminosos fugiam e também foi baleado. Ele foi conduzido ao hospital Maicé, em Caçador, e sobreviveu.
Há suspeitas que o homicídio tenha sido cometido por desavenças políticas. Cloreni (Nerizinho), na época vereador de Calmon, foi apontado pela polícia como mandante do crime, mas ele negou as acusações. Na época do crime, ele foi reeleito.
Outras três pessoas já foram condenadas por participação no crime: Alisson Donysett de Almeida (filho do ex-vereador), Edinei Cleiton Vieira e José de Melo Alves. O júri ocorreu em 2015. Alisson e José foram condenados a 15 anos de reclusão, e Edinei a 10 anos.