Santa Catarina vive um fenômeno eleitoral sem precedentes.
Nos últimos anos, mais de 600 mil novos eleitores transferiram o título para o
Estado, impulsionados por um boom migratório recorde. O movimento acompanha o
crescimento populacional registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), que aponta a chegada de mais de 500 mil novos moradores em
apenas cinco anos.

O fluxo é liderado por gaúchos, que historicamente buscam
oportunidades e qualidade de vida no território catarinense, mas também inclui migrantes
do Pará e da Bahia, que começam a alterar o perfil social e político da região.
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina
(TRE-SC), municípios da Grande Florianópolis, como Palhoça, podem registrar aumento
de até 40% no eleitorado, sendo hoje um dos principais destinos de novos
registros eleitorais.
Especialistas avaliam que a nova composição demográfica deve
impactar diretamente o comportamento de voto nas eleições de 2026, mesclando
valores culturais e ideológicos de diferentes partes do país. O cenário
representará um teste importante para a força do tradicional conservadorismo
catarinense, historicamente dominante no Estado, mas que agora conviverá com
uma diversidade inédita de perfis e opiniões políticas.