Nesta terça-feira, 12, o deputado federal Valdir Cobalchini
(MDB-SC) esteve na Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília, para tratar
diretamente dos impactos econômicos provocados pela recente elevação de tarifas
sobre produtos brasileiros exportados ao mercado norte-americano.

Durante a reunião, Cobalchini pediu a intermediação junto ao
presidente dos EUA, Donald Trump, para que sejam revistas as tarifas que afetam
especialmente setores estratégicos da economia catarinense, como móveis, carnes
suína e de frango, madeira, motores e equipamentos elétricos.
Segundo dados da Federação das Indústrias do Estado de Santa
Catarina (FIESC), os Estados Unidos são o principal destino das exportações
catarinenses de móveis, absorvendo 58% da produção. Em 2024, o estado exportou
cerca de US$ 1,74 bilhão para o mercado americano, responsável por 70% da
indústria de transformação catarinense voltada ao exterior. As novas tarifas
podem gerar perdas superiores a US$ 560 milhões anuais e provocar a eliminação
de até 75 mil empregos diretos e indiretos.
O parlamentar alertou para o risco de consequências sociais
e econômicas e defendeu que um comércio bilateral equilibrado é fundamental
para preservar empresas e postos de trabalho em Santa Catarina. “O impacto é
muito grande. Estamos falando de setores que sustentam milhares de famílias e
movimentam a economia de todo o estado”, alertou o deputado.
Além dessa iniciativa diplomática, Cobalchini já apresentou
requerimentos de informação ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços, solicitando medidas emergenciais, alternativas de mercados
e apoio logístico e diplomático à indústria exportadora catarinense. Também
indicou ao Banco do Brasil, à Caixa Econômica Federal e ao BNDES a adoção de
políticas urgentes de crédito, prorrogação de prazos e apoio financeiro às
empresas, inspiradas nas ações implementadas durante a pandemia e na tragédia
climática do Rio Grande do Sul.
Nesta quarta-feira, 13, o deputado estará reunido com a Secretária de
Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e
Serviços, Tatiana Prazeres, para dar continuidade às negociações e buscar
soluções concretas para mitigar os impactos do tarifaço nas
exportações brasileiras.