O assassinato de Josué Henrique Kaercher completa 10 anos
nesta quinta-feira, 11 de dezembro. A morte do ex-jogador do Caçador Atlético
Clube (CAC) e técnico da equipe feminina do Kindermann marcou profundamente a
história do esporte em Caçador e de toda a região.

Na manhã de 11 de dezembro de 2015, Josué foi baleado dentro
de uma sala de reuniões do hotel Kindermann, onde ele e outros membros da
diretoria e comissão técnica foram feitos reféns por Carlos José Corrêa, conhecido
como Carlinhos da Pantera Negra. Aos 54 anos, ele havia sido demitido do cargo
de técnico das categorias de base do Kindermann Futsal e entrou armado no
local, rendendo um funcionário e exigindo a presença de dirigentes.
Durante o cárcere privado, Josué tentou acalmar o agressor e
pediu que ele baixasse a arma, mas acabou atingido por um tiro no peito. Ele
não resistiu. O caso chocou o município pela violência e pelo impacto causado
em um dos principais clubes formadores do futebol feminino no país.
Carlinhos foi preso no mesmo dia e posteriormente condenado
a 61 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão. As penas incluíram homicídio
duplamente qualificado, tentativa de homicídio, cárcere privado,
constrangimento ilegal e posse irregular de arma de fogo. Em 2020, enquanto
cumpria pena no presídio de Curitibanos, morreu após sofrer um derrame
cerebral.
Josué deixou um filho que era bebê na época. Como atleta,
construiu história no CAC, participando do título da Série C do Catarinense em
2012. No comando do Kindermann feminino, liderou a equipe em campanhas
importantes, incluindo a conquista da Copa do Brasil em 2015, tornando-se uma
figura ainda mais admirada no futebol.
Uma década depois, amigos, familiares e torcedores seguem
lembrando de seu legado dentro e fora de campo.
Carlinhos no momento em que foi preso