A morte dos caçadorenses Ricardo Barbosa, Michel Barbosa e
Deyvid Fernandes, após o naufrágio de uma lancha no Molhes da Barra, em Laguna
no litoral sul catarinense, completa um ano neste sábado dia 14 de janeiro. A
tragédia ainda é motivo de muita comoção entre familiares e amigos das vítimas.

Neste final de semana, familiares e amigos emitiram convite
para duas missas em Caçador em homenagem aos falecidos. Nesta sexta-feira, 13,
a celebração ocorreu às 19h na Catedral São Francisco de Assis e neste sábado,
14, haverá missa às 18h na Paróquia Nossa Senhora Rainha.
Lembre o caso
No dia 14 de janeiro de 2021, o grupo de amigos de Caçador,
que passava férias em Laguna, saiu para um passeio de lancha. Sete ocupantes
estavam na embarcação que virou por volta das 15h ao ser atingida por uma onda
nos Molhes da Barra.
Três pessoas conseguiram se agarrar na embarcação e foram
retirados da água pelos bombeiros. Outro também foi resgatado com vida.
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar, outras duas vítimas
foram encontradas a 300 metros do local do naufrágio e foram resgatadas em grau
elevado de afogamento. Elas foram levadas até o trapiche, onde receberam
atendimento, mas não resistiram e morreram. Eram Ricardo e Deyvid.
O mar estava bastante agitado no momento do acidente. Michel
Barbosa, de 25 anos, ficou desaparecido por 17 dias. O corpo dele foi
encontrado em alto mar próximo da divisa entre Santa Catarina e o Rio Grande do
Sul, 150 quilômetros distante do local do naufrágio.
O caso foi investigado pela Marinha e pela Polícia Civil de
Laguna. O Ministério Público ofereceu denúncia e em outubro do ano passado, o
Tribunal de Justiça de SC informou que o dono da lancha virou réu e irá
responder por triplo homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
De acordo com a investigação da Polícia Civil, o dono da
lancha, um homem de 34 anos, natural de Tubarão, apesar das condições náuticas
e meteorológicas adversas, resolveu ir com a embarcação para mar aberto. Em
seguida, fez uma manobra errada com a lancha e foi surpreendido por uma série de
ondas, que provocaram o naufrágio.
A investigação indicou que o dono da lancha agiu de forma
imprudente e causou as mortes. O MPSC acrescentou ainda os crimes de atentado
contra a segurança de transporte marítimo e falsidade ideológica. Não foram
divulgadas mais informações porque o caso está em segredo de justiça.