Considerado o alimento mais completo para os bebês, o leite
materno sacia a fome, contribui para a melhora nutricional, reduz a chance de
obesidade, hipertensão e diabetes, diminui os riscos de infecções e alergias,
além de provocar um efeito positivo na inteligência e no vínculo entre mãe e
bebê.

No Brasil, desde 2017, o apoio à amamentação é amparado pela
Lei Nº 13.435, que instituiu o mês de agosto como Mês do Aleitamento Materno,
conhecido como Agosto Dourado, devido à cor que simboliza o padrão ouro de
qualidade do leite humano.
O cooperado da Unimed Caçador, Roger Ramos Padilha,
pediatra, com especialização em Nutrologia Pediátrica, enumera alguns dos
benefícios da amamentação exclusiva na primeira infância. “Com o leite materno
são potencializados todos os fatores para o desenvolvimento do recém-nascido e
da criança na primeira infância. No leite materno a mãe passa anticorpos que
ajudam na proteção da criança, além de alguns aminoácidos essenciais que ajudam
no desenvolvimento neurológico, prevenção da anemia, diminui a chance de
internação hospitalar e ajuda a mãe a diminuir chance de câncer de ovário,
câncer de colo de útero”, informa.
Ele destaca ainda que para a criança também diminuirá a
chance de ter quadro de diabetes, pressão alta e outras doenças crônicas. “A
prevenção começa com o aleitamento materno até os seis meses de idade”,
completa.
Existem alguns mitos infundados, no ponto de vista do
médico, com relação à amamentação. Ele explica, por exemplo, que a alimentação
da mãe não precisa ter grandes alterações, ela deve sim manter uma dieta
balanceada e continuar comendo coisas que comia antes de engravidar, mas sem
exageros, temperos fortes ou comidas industrializadas. “A mãe precisa se
alimentar bem para se recuperar do parto e ter uma boa produção de leite. E pode
manter os mesmos alimentos, e se houver algum desconforto no bebê, basta
retirar o alimento da dieta”, revela
Outro mito bastante comum entre as mães é a história do
leite fraco. “Isso não existe. O que acontece é oscilação da quantidade e
produção do leite. Às vezes a mãe não tem uma produção tão grande,
principalmente nos primeiros dias, mas é necessário manter o bebê no peito,
para ter a sucção, e, então, aumentar a produção do leite. E outra informação
importante: o colostro é um leite inicial e vai suprir as necessidades da
criança”, informa.
O médico afirma que em qualquer caso de dificuldades, caso a
mãe tenha dor, fissura no peito ou outra situação, é fundamental ela procurar
ajuda. “Às vezes solicitando consultoria de amamentação, por exemplo, procurando
orientação correta, pode ajudar a melhorar a pega, a diminuir o desconforto e
melhorar a produção do leite, que é o alimento mais completo”, encerra.