A Matriz de Risco Potencial Regionalizado divulgada neste
sábado, 8, aponta 15 regiões classificadas como risco potencial moderado (cor
azul) e duas regiões no nível de risco alto (cor amarelo). Em um comparativo
com o relatório divulgado na semana anterior, houve piora na Região da Grande
Florianópolis e na Região Carbonífera, que antes estavam em risco moderado e
agora estão em alto risco. As regiões Meio-Oeste e Nordeste, porém, melhoraram
nos indicadores.

Na dimensão de gravidade, que contempla os indicadores de
mortalidade e tendência de internação por Síndrome Respiratória Aguda Grave
(SRAG), todas as Regiões da Saúde foram classificadas no alto risco, com
exceção de Xanxerê. Diferente da matriz divulgada na semana passada, nenhuma
região se encontra no nível grave.
Em relação à transmissibilidade, que monitora o número de
casos ativos que estão no período em que é possível a transmissão da doença e a
taxa de reprodução (Rt), ocorreu uma piora no cenário, refletindo o aumento de
casos notificados nos últimos dias. Enquanto na matriz divulgada no dia 1 de
janeiro, todas as regiões estavam no nível alto (1) ou moderado (16), nesta
semana a Região Carbonífera foi classificada no nível gravíssimo e as Regiões
do Extremo Sul Catarinense e Grande Florianópolis no nível grave. As demais
estão no nível alto (5) e moderado (9).
Importante destacar que o acesso aos sistemas de informação
para registro de casos leves, hospitalizações e óbitos de Covid-19 foi
restabelecido no fim do mês de dezembro. No dia 9 do mesmo mês, os sistemas que
realizam o monitoramento da Covid-19 no Brasil haviam sido afetados devido a um
ataque hacker sofrido pelo Ministério da Saúde.
Na capacidade de atenção, as regiões Nordeste e Grande
Florianópolis foram classificadas no nível alto (ocupação de 36% e 22%,
respectivamente), enquanto as demais foram classificadas no nível moderado, com
taxas de ocupação abaixo de 20%. Enquanto na última matriz uma região estava no
nível grave nessa dimensão, nesta semana, nenhuma região se encontra neste
nível, demonstrando que não existe comprometimento da capacidade de atenção até
o momento.
Na dimensão Monitoramento, que reflete a cobertura vacinal e
a variação semanal de casos, todas as regiões foram avaliadas com risco
moderado, condição que está melhor em relação à última matriz. Nesta semana,
pelo restabelecimento do acesso às informações dos sistemas do Ministério da
Saúde, não ocorreu o represamento de dados. Entretanto, a análise demanda
cautela, pois o acesso aos dados do Sistema de Informação do Programa Nacional
de Imunização (SIPNI) ainda não foi restabelecido. Assim, a última informação
disponível é do dia 09 de dezembro de 2021, onde 70,24% da população estava com
o esquema completo de imunização.
O principal objetivo da matriz de risco é ser uma ferramenta
de tomada de decisão. A nota final do mapa de risco considera um intervalo de
variação mais adaptado para cada nível, sendo de 1 a 1,9 como moderado, 2 a 2,9
como alto, 3 a 3,9 como grave e igual a 4 como gravíssimo.