O sétimo dia do falecimento da jovem Géssika Marafigo Martiol, de 25 anos, foi marcado por protestos e homenagens em Timbó Grande. Amigos e familiares foram às ruas com cartazes, fotos e faixas pedindo que justiça seja feita pela morte da jovem. Além disso, homenagens, textos e o sentimento de vazio também acompanharam os participantes. O ato aconteceu no sábado pela manhã, em frente ao cemitério municipal. Uma carreata percorreu algumas ruas da cidade.
O grupo de manifestantes foi orientado pela Polícia Militar. Foram seguidos todos os protocolos de segurança contra a Covid-19. A irmã de Géssika, Josiane Marafigo Martiol, começou a homenagem resumindo a vida de Géssika. Outros amigos e familiare também prestaram suas homenagens.
Para finalizar a manifestação, os amigos e familiares rezaram a oração do Pai-Nosso.
O caso
Géssika Marafigo Martiol foi assassinada pelo ex-marido no dia 24 de maio. Ela foi encontrada no dia seguinte com um corte na garganta. O ex-marido se apresentou na delegacia dois dias após o crime. Ele estava acompanhado do advogado e confessou o a autoria do homicídio alegando legítima defesa, mas devido a legislação, não foi preso de imediato. Apenas na sexta-feira, o delegado Cassiano Tiburski, responsável pelo caso, conseguiu um mandado de prisão que imediatamente foi cumprido. O ex-marido foi encaminhado preventivamente ao Presídio Regional de Caçador.
A história de Géssika foi compartilhada pelo perfil Somos Todas Ingras, uma associação sem fins lucrativos que conta e expõe casos de feminicídio em todo o Brasil.