Uma polêmica tomou conta do futebol feminino dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) e poderá levar ao cancelamento da disputa nesta edição. Em julgamento realizado nesta quinta-feira, 7, o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) decidiu manter a exclusão de quatro equipes, entre elas Caçador e Criciúma, classificadas para a final que deveria ter acontecido nessa quarta-feira, 6, mas foi suspensa.
TJD decidiu hoje pela eliminação de quatro municípios/Foto: Orlando Pereira (ND)
Os municípios de Caçador, Criciúma, São José e Chapecó foram denunciados por supostas irregularidades na inscrição de atletas. Os auditores ressaltaram a má redação do regulamento da Fesporte, organizadora da competição.
De acordo com o TJD, Caçador tinha a atleta Larissa Vasconcelos com registro em 2018. No caso de Chapecó, São José e Criciúma, as jogadoras eram Naiane Batista, Sílvia dos Santos e Maria Eduarda de Oliveira, respectivamente.
A Lei 13.622/2005, de autoria do então deputado estadual, Antônio Aguiar, determina o período de dois anos residindo em Santa Catarina para participar dos Jasc.
Todos os municípios punidos relatam terem sido induzidos ao erro por conta de má orientação da Fesporte. Desta forma, foi solicitado que o Tribunal de Justiça Desportiva intime o presidente e o diretor técnico da Fesporte para que prestem esclarecimentos.
O presidente do Kindermann/Avaí, Salésio Kindermann, disse que no que depender dele a equipe vai continuar representando Caçador. “Deixamos dez jogadoras em casa por não terem condições de competir nos Jasc”, observou.
Na tarde de hoje, o município de Joinville, também denunciado, será julgado e a tendência é que também seja condenado. Se isso acontecer, a modalidade de futebol feminino será considerada inexistente nos Jasc 2019.