Há um ano o céu fechou, os microfones se calaram. O dia mais triste na história da Chapecoense, 29 de novembro de 2016, aconteceu a tragédia no voo que levava 77 passageiros a Colômbia para disputar a final da Copa Sul Americana. A alegria pela conquista de ter chegado tão longe foi tomada pelo horror e desespero. O avião bateu de barriga no alto de um morro, capotou e deixou 71 mortos. Deixou ainda uma cidade de mais de 166.040 mil habitantes devastada, deixou um estado com 6,727 milhões de pessoas em lágrimas, e voltou os olhos do mundo inteiro para o Brasil em solidariedade a Chapecó.
Para lembrar o momento de dor e em demonstração de respeito e solidariedade, a Associação Esportiva Kindermann lembrou a data com um minuto de silencio durante treino desta terça-feira, 28.
O coordenador do Kindermann/Uniarp, Jonas Estevão, destaca que o ocorrido deixou o mundo do esporte abalado. “Tanto no esporte masculino como no feminino foram abalados com a tragédia. Até mesmo pessoas que não eram da área esportiva se sensibilizaram, acho que o mínimo que o time poderia fazer era um minuto de silencio em respeito a essa data que será lembrada com dor eternamente por todos que viveram este momento”, destaca.
A atleta do Kindermann/Uniarp, Tauane Sousa, estava jogando a Copa do Brasil com a Chapecoense (time feminino de base) semanas antes de a tragédia acontecer. Ela lembra que o time estava empolgado com a fase que vivia. “Jogar em Chapecó foi uma experiência bacana, minha primeira Copa do Brasil adulta e fomos muito bem recebidas por Chapecó. Tivemos contato com os jogadores que estiveram na tragédia, quando íamos reclamar de alguma dor sempre tinha um jogador do elenco principal deles conosco na fisioterapia. Encontrávamos-nos na Arena Condá quase sempre. Pareciam estar bem animados com a fase que estavam vivendo. Eu particularmente amo aquele lugar e a maneira com que eles receberam o futebol feminino naquela competição”.