A Polícia Civil do Estado de Santa Catarina (por intermédio
da Delegacia de Investigação de Furtos e Roubos de Cargas da DEIC) e a Polícia
Civil do Estado do Paraná (por intermédio da Delegacia de Furtos e Roubos de
Cargas), com o apoio das Delegacias de Polícia de Santa Cecília/SC, Tijucas/SC
e de Timbó Grande/SC, deflagraram uma operação conjunta objetivando cumprir 33
ordens judiciais contra um grupo criminoso especializado em roubos e desvios de
cargas e falsas comunicações de crime. A ação foi desencadeada simultaneamente
nos municípios de Santa Cecília, Tijucas, Itapema e Barra Velha, todos de Santa
Catarina, e também nos municípios de Araucária e São José dos Pinhais, situados
na região metropolitana de Curitiba/PR.

Os policiais cumpriram sete mandados de prisão, 13 de busca
e apreensão, três de sequestro de veículos e 10 de bloqueios de contas
correntes. Entre os crimes investigados estão organização criminosa, falsa
comunicação de crime, roubo, furto qualificado e duplicata simulada.
O grupo é investigado desde 2024 por diversos crimes
praticados no Paraná, Santa Catarina e São Paulo. O foco dos suspeitos eram
cargas de alto valor agregado e que pudessem ser facilmente distribuídas a fim
de dificultar o rastreamento pelas forças de segurança.
Entre os casos mais recentes está o desvio de uma carga de
pneus carregada no município de Itajaí/SC, avaliada em aproximadamente
R$430.000,00 (quatrocentos e trinta mil reais) e o roubo de 24 toneladas de
carnes que seriam exportadas para Dubai, avaliadas em R$700.000,00.
De acordo com o Delegado Juliano Baesso, titular da
DFRC/DEIC, as investigações desencadeadas pela PCSC indicaram que o grupo se
utilizava de diversos motoristas previamente aliciados, os quais se revezavam
no carregamento e posterior desvio das cargas. Além disso, foi possível
identificar os caminhões utilizados pelo grupo durante as empreitadas
criminosas, os quais engatavam as carretas e transportavam as cargas até
galpões e, posteriormente, ao destino final.
Da mesma forma, o Delegado da PCPR André Feltes explicou que
as apurações apontaram que o grupo agia aliciando motoristas de caminhão, que
eram direcionados para conduzir veículos pertencentes aos investigados. “A
falsa comunicação de crime era mais uma das estratégias utilizadas por eles. Os
motoristas procuravam as delegacias do Paraná para relatar que haviam sido
roubados em Santa Catarina ou faziam o movimento contrário, registrando no
Paraná um suposto crime ocorrido em solo catarinense”.
Além das cargas de pneus e carne, o grupo é investigado pelo
desvio de duas cargas de cervejas, uma carga de 200 televisores, uma carga de
energéticos e outra de fórmica, resultando em prejuízo de aproximadamente R$
3,25 milhões para as empresas proprietárias.
Durante a operação realizada, além de dar cumprimento aos
mandados expedidos, os policiais civis apreenderam caminhões e veículos
utilizados pelo grupo e/ou adquiridos com o proveito das infrações, além de
outros objetos e documentação de interesse para a investigação.