No domingo, 31, completou um mês do desaparecimento da
vendedora Lusiane Borges, de 27 anos, em Santa Cecília.

A família continua a procura do paradeiro de Lusiane Borges,
que foi vista pela última vez quando voltava do trabalho, no fim da tarde do
dia 31 de julho deste ano.
A delegada, Roxane Venturi, explica que as buscas por
Lusiane nunca pararam e a investigação aguarda o exame para confirmar se o
sangue encontrado no carro do suspeito era realmente da vítima desaparecida. O
marido, principal e único suspeito, continua preso em Lages, negando o crime e
ficando em silêncio.
Como Lusiane Borges desapareceu?
Câmeras de segurança registraram os últimos passos de
Lusiane por volta das 18h30, pouco antes do desaparecimento. Após esse momento,
a vendedora não foi mais vista.
O desaparecimento só foi percebido pela irmã, Juracy,
durante o horário do almoço, já que elas tinham o costume de almoçar juntas
diariamente. Preocupada, Juracy ligou para o marido de Lusiane, que disse não
saber do paradeiro da esposa.
Em seguida, Juracy foi até a casa da irmã, entrou com a
chave reserva e encontrou tudo aparentemente normal: a cama estava arrumada, e
a bolsa, os casacos e o carregador de celular estavam no local. Apenas o
celular de Lusiane não foi localizado.
No dia seguinte, o marido foi preso após manchas de sangue
serem encontradas no porta-malas do veículo e na residência do casal.
As investigações ainda revelaram que ele havia omitido um
deslocamento suspeito durante a sexta-feira pela manhã: pegou carona com um
colega, voltou para casa, buscou o próprio carro, abasteceu rapidamente e
seguiu pela BR-116 em direção a Caçador.
Esse trajeto, feito por estradas rurais, não foi informado à
polícia em seu primeiro depoimento, aumentando ainda mais as suspeitas.
A irmã desabafou sobre os dias de angústia que a família tem
vivido em meio às buscas e à falta de pistas sobre o paradeiro. Juracy
questiona as explicações dadas pelo suspeito sobre os vestígios de sangue
encontrados no veículo. “Ele não fala onde ela está”, afirmou.
O maior desejo da família, segundo a irmã, é encontrar o
corpo e dar um desfecho digno para Lusiane. “Queremos buscar o corpo dela e
fazer um enterro decente para minha irmã. Não sabemos mais onde procurar, todo
mundo está ajudando e mesmo assim não conseguimos encontrá-la”, relatou.
Para Juracy, a dor é ainda mais profunda. “Lusiane é mais do
que uma irmã, é como se fosse minha filha. Eu amo ela mais do que tudo nesse
mundo. Ele me matou junto com ela. Acordar sem ela não faz sentido nenhum”,
concluiu.
O fato tem sido objeto de reportagens de grandes veículos de
comunicação do País. A rede Record TV, exibiu matéria neste domingo, 31, no
Domingo Espetacular.
Com informações: NDMais