A OAB Santa Catarina, por intermédio de suas Comissões de
Combate à Violência Doméstica, da Mulher Advogada e OAB Por Elas, manifesta seu
mais profundo pesar pelo assassinato da advogada caçadorense Karize Ana
Fagundes Lemos, ocorrido na madrugada desta segunda-feira, 30.
A Ordem catarinense se solidariza profundamente com os
familiares, amigos e colegas neste momento de dor e indignação com este triste
episódio. Karize foi vítima de um crime que expõe, mais uma vez, a violência
doméstica que, infelizmente, persiste em nossa sociedade.
Neste momento a Seccional catarinense também reafirma o seu
compromisso de acompanhar todos os desdobramentos do caso e de lutar por
justiça, em nome de Karize e de todas as mulheres que foram vítimas dessa
violência inaceitável.
Fato chegou ao conhecimento da PM neste domingo
De acordo com o comandante, a PM foi acionada na noite de
domingo, 29, por dois rapazes afirmando que participam de um grupo de redes
sociais e que um dos integrantes do grupo não havia dado notícias durante todo
o sábado, 28.
“Eles conseguiram contato com este homem em uma chamada de
cerca de 20 minutos e cerca de 7 minutos foram gravados e apresentados para a
polícia. Nesta gravação, o suspeito disse que tinha feito m... e passou a
relatar alguns fatos. Antes da chamada, o suspeito passou sua localização,
cujas informações foram repassadas para a Polícia de Fronteira do Paraná, que o
localizou e prendeu as 5h27 desta segunda, em um motel, em Guaíra, no Paraná”,
disse Macedo.
O crime
De acordo com informações do próprio suspeito, na gravação
com os dois membros do grupo, que seriam colegas de infância, ele relatou o
crime.
Disse que enforcou a esposa e com o seu telefone fez contato
com o suposto amante, armando uma emboscada. Quando o suposto amante chegou na
casa localizada no bairro Gioppo, o mesmo foi recebido a pauladas. O casal foi
morto a golpes de faca, sendo colocados em um carro, onde o suspeito empreendeu
fuga.
Os corpos
As informações é de que o suspeito abandou os corpos na
estrada. O primeiro cerca de 200 quilômetros de Caçador e o segundo, 100
quilômetros após ter deixado o primeiro.
Conforme estes dados, é possível que o primeiro corpo tenha
sido desovado próximo a Mariópolis e o segundo nas proximidades de Francisco
Beltrão.
A polícia, no entanto, entende que o próprio suspeito possa
ter dificuldade para localizá-los, porque podem ter sido abandonados à noite e
pelo possível estado emocional do suspeito, com raiva e transtornado.
Sangue na casa e no carro
Segundo a PM de Caçador, na casa da vítima, onde teria sido
cometido o crime, foram encontradas marcas de sangue, que provavelmente o autor
tentou limpar na garagem.
Já em Guaíra, no carro do suspeito, um Nissan March, a
polícia paranaense afirma que encontrou diversos vestígios de sangue, além de
uma faca provavelmente utilizada para o crime e muitos livros a respeito de
assassinatos de grande repercussão.
Investigação
As polícias, principalmente a Polícia Civil, seguem
investigando e é provável que o suspeito seja trazido para Caçador, para
responder pelos crimes.