Uma desavença por drogas resultou em um homicídio brutal em
Caçador. O crime aconteceu em 19 de junho de 2022, no bairro Paraíso. Naquela
noite, dois homens atraíram um devedor para um contêiner abandonado, feriram-no
com um estilete e incendiaram um colchão e alguns cobertores com ele ainda
vivo. A propagação das chamas queimou o corpo e a inalação da fumaça tóxica
provocou a morte da vítima por asfixia.

O Ministério Público de Santa Catarina denunciou os réus na
época dos fatos e, nesta semana, eles foram julgados e condenados pelo Tribunal
do Júri por homicídio com duas qualificadoras. Uma delas foi o motivo torpe,
pois o crime foi cometido por conta de uma dívida de entorpecentes. A outra foi
o meio cruel, afinal os réus utilizaram fogo para fazer a vítima sofrer. As
imagens anexadas ao laudo cadavérico mostram o corpo totalmente desfigurado.
José Adalberto Chaves (tio da vítima), de 53 anos, foi
condenado a 20 anos e três meses, enquanto Rionei Dias, de 30 anos, foi
condenado a 19 anos, quatro meses e 15 dias. Ambos cumprirão as penas de
reclusão em regime fechado e não poderão recorrer em liberdade.
O Promotor de Justiça Lucas Broering Correa conduziu a
acusação contra os réus com base nas provas colhidas durante as investigações.
"A atitude cruel desses homens diante de uma situação tão banal tinha que
ser repudiada com uma pena severa. Eles não poderiam continuar circulando pelas
ruas como se nada tivesse acontecido", diz.