Claudia Tavares Hoeckler, suspeita de matar e esconder o
corpo do marido dentro de um freezer em Lacerdópolis/SC, próximo a Joaçaba,
teve a prisão preventiva substituída por medidas cautelares, após decisão do
Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) nesta quinta-feira, 17.

A mulher deverá usar tornozeleira eletrônica, comparecer a
todos os atos da ação penal e justificar suas atividades em juízo mensalmente.
Claudia estava presa desde novembro de 2022, época do crime,
após o corpo de Valdemir Hoeckler, 52 anos, ser achado na residência em que o
casal vivia. Ele passou cinco dias desaparecido.
Na época, o advogado dela, Marco Alencar, informou que a
suspeita se entregou espontaneamente “mesmo sabendo que contra ela existia uma
ordem de prisão”.
Segundo a defesa, a morte foi motivada por supostos
episódios de violência doméstica. “Uma mulher maltratada e violentada, física e
psicologicamente, que para preservar sua vida, matou”, diz a nota publicada
após o crime.
Esposa confessou o crime
Durante o depoimento na delegacia, Claudia contou à polícia
que queria sair com as colegas de trabalho para uma confraternização de fim de
ano em uma pousada em Abdon Batista, na Serra catarinense, porém foi proibida
pelo marido. Ela disse, ainda, que foi ameaçada de morte por ele antes de
matá-lo.
O corpo de Valdemir foi encontrado na noite de 19 de
novembro na casa onde o casal vivia. No dia 15, a mulher havia registrado um
boletim de ocorrência pelo desaparecimento. Três dias depois, chegou a prestar
depoimento.
Na época, segundo o delegado, ela não era considerada
suspeita. Mas, os policiais perceberam ferimentos no corpo dela de uma possível
luta corporal, e pediram um exame de corpo de delito. Depois que saiu da
delegacia, ela fugiu.
De acordo com a Polícia Civil, a esposa teria agido sozinha.
A motivação do crime, no entanto, ainda está sob investigação. Um laudo sobre a
causa da morte do homem deve ser concluído nesta segunda.
Com informações: NSC