O juiz Flávio Luís Dell‘Antônio, da Comarca de Tangará,
aceitou denúncia do Ministério Público e pronunciou os quatro acusados pela
tentativa de homicídio contra um policial militar, em Ibiam. Eles serão
julgados em júri popular, em data ainda a ser marcada, pela prática do crime de
tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe, mediante dissimulação e
cometido contra policial militar.

Para o magistrado, a materialidade do delito e os indícios
da autoria estão presentes no Auto de Prisão em Flagrante e nas oitivas de
testemunhas.
O crime
O crime ocorreu na madrugada do dia 21 de maio de 2022,
quando um casal chegou no destacamento da Polícia Militar pedindo ajuda para o
sargento Juscemar Ramos, que estava de serviço. A mulher alegou que o carro
havia ficado sem combustível na rodovia, mas acabou se contradizendo durante a
conversa. Desconfiado, o sargento tentou se afastar da janela quando foi
alvejado por um terceiro elemento que surgiu repentinamente. Ele efetuou ao
menos quatro disparos, sendo que três deles atingiram o policial militar no
rosto, peito e no braço.
Após o crime, os três saíram correndo e foram até o carro,
onde um quarto elemento os aguardava. Eles empreenderam fuga pela rodovia em um
Fiat/Palio com placas de Monte Carlo.
A vítima foi socorrida por um colega de farda que reside nas
proximidades do destacamento, que foi até o local após ouvir os disparos. O
sargento foi conduzido por ele até o Hospital de Tangará, onde recebeu o
primeiro atendimento e depois foi transferido para o Hospital Universitário
Santa Terezinha de Joaçaba.
O veículo foi interceptado em uma barreira policial perto da
rodoviária de Campos Novos. Além da arma utilizada no crime, os policiais
apreenderam 0,8g de cocaína com a mulher e os aparelhos celulares dos
envolvidos. Um vídeo de uma câmera de vigilância contém a gravação de parte da
ação criminosa.
Na Delegacia, dois dos envolvidos confessaram o crime,
alegando que teriam que executar um policial militar para saldar uma dívida de
drogas com uma facção criminosa. O motorista do veículo e a mulher afirmaram
que não sabiam das intenções, afirmando que foram apenas convidados para buscar
drogas e ir a uma festa.
Os réus tiveram a prisão em flagrante convertida em
preventiva durante audiência de custódia na tarde do dia 21 de maio. Por
responderem todo o processo presos, eles tiveram negado o direito de recorrerem
em liberdade.
Com informações: RBV Rádios