Uma iniciativa do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, sob
a coordenação da Corregedoria-Geral da Justiça, busca julgar processos
represados devido à pandemia da Covid-19. O movimento, em regime de mutirão,
chega a 19 comarcas do Estado. No Meio-Oeste, são duas unidades, Herval d’Oeste
e Caçador, que preveem sessões entre agosto e novembro. Nestas comarcas, para o
próximo mês, estão pautados seis júris populares.

Na comarca de Caçador, as sessões ocorrem nos dias 2 e 3,
presididas pelo juiz colaborador André Luiz Romanelli. As atividades começam às
8 horas, com o sorteio dos jurados. Os réus serão julgados por tentativa de
homicídio. Em um dos processos, um homem é acusado de assassinar o próprio
irmão, um idoso com 73 anos na época dos fatos, em 2014. Ele não se conformava
em dividir a propriedade rural onde moravam. Ele entrou na casa do irmão e
desferiu um golpe de facão na cabeça da vítima. O idoso correu e foi alcançado
pelo agressor, que lhe atingiu com um pedaço de madeira. Na tentativa de se
defender, foi atingido no braço com um golpe de facão. O idoso foi socorrido
por outro irmão.
Em Herval d’Oeste, haverá sessões nos dias 2,3, 16 e 17 de
agosto para julgar crimes de tentativas de homicídio. Os trabalhos serão
presididos pelo juiz colaborador Pedro Rios Carneiro, todos com início marcado
para as 9 horas.
Em uma das sessões, o banco dos réus será compartilhado
entre quatro acusados. Eles foram denunciados por tentar matar um homem de
forma brutal, em 2012, com socos e chutes. A vítima tentou fugir do local, mas
recebeu golpes de facão no pescoço, perna e braço. Ele escapou, porém, foi
alcançado, novamente agredido e com mais golpes de facão nas costas, cabeça e
corpo. Ainda assim, a vítima conseguiu correr. Um dos réus se aproximou e bateu
com um pedaço de pedra na cabeça do homem, socorrido por pessoas que passavam
pelo local.