Cães de rua estão colocando em risco a integridade física de pessoas que frequentam o Parque Central em Caçador. No último domingo, 28, uma família foi atacada pelos animais. Este é o terceiro caso em pouco mais de um mês, segundo relato de usuários do espaço.
"A tarde fui com meus filhos ao Parque Central e três cachorros de rua avançaram no meu filho de 8 anos. Não morderam, mas o susto foi muito grande. Eram todos de médio a grande porte, dois em tom caramelo e um marrom escuro com manchas pretas. Soube que já morderam três pessoas que estavam caminhando no parque", desabafa Pauline Sawaia Rodrigues.
Adriana Comelli também foi alvo dos cachorros no Parque Central há cerca de um mês. "Primeiro lugar o susto, e depois a dor. Ainda que a mordida não foi tão funda. Mesmo assim tive que tomar vacina antirrábica", relata.
Segundo Adriana, o problema foi informado ao poder público municipal, porém não foi apontada uma solução. "Alegam que não tem onde colocar esses animais e que o Poder Público faz o que pode, mas a população não colabora e abandona os animais na rua", comenta.
Luciane Alice Putti Cury foi outra vítima dos cachorros de rua. "Não é de hoje que a gente tem sofrido com os cães no Parque Central. Há uns três anos a gente já foi atacada por um cão de porte grande, que possuía dono e estava sem focinheira, e sem coleira. Acredito que falta fiscalização", descreve.
Há cerca de um mês, Luciane e a família foram novamente atacados pelos cães. "Acho que os animais devem ser protegidos, mas não devem representar uma ameaça às pessoas que estão lá passeando e tentando dar um lazer aos seus filhos. Esses cães são agressivos. Espero que façam alguma coisa para a gente poder usufruir do parque", completa.
Andreia Pontes também presenciou uma cena triste enquanto fazia seus exercícios físicos no Parque Central. "Há cerca de três semanas fui fazer uma caminhada de manhã cedo e quando cheguei os cães estavam atacando um senhor. Ele estava com uma varinha na mão para tentar fazer com que eles saíssem de perto. Eu fiquei com medo, tanto que desviei o caminho para tentar fazer com que eles não chegassem perto", conta.
De acordo com ela, os cachorros que estão no parque ficavam no espaço da antiga rodoviária. Andreia acredita que os animais eram tratados na antiga rodoviária. "Talvez seja esse o motivo de eles quererem demarcar território, mas é um perigo enorme. Se uma criança pequena está ali, e um cachorro desses pula em cima é uma tragédia. Acho que valeria sim, que os órgãos responsáveis fizessem algo", finaliza.