Teve início da manhã desta quinta-feira, 18, o júri popular de Sidney Lima dos Santos, vigilante que matou Ronaldo Simão Rodrigues Prestes, 24 anos, conhecido como Bugrão, em novembro do ano passado no Posto Dudo. O crime aconteceu dentro da loja de conveniência, quando o segurança acertou dois golpes de faca na vítima.

Na época, o vigilante foi liberado após prestar depoimento. Inicialmente, o entendimento da polícia era de que o autor tivesse reagido a uma agressão e, portanto, agido em excludente de ilicitude. Porém, após aprofundar as investigações, o delegado que assumiu o caso, Adriano Delfino Moreira, acredita que não houve legítima defesa.
No júri desta quinta-feira, 18, o réu será julgado por homicídio e tentativa de homicídio, já que uma segunda pessoa também foi ferida. A sessão começou às 9h no plenário da Câmara Municipal, já que o salão do júri do Fórum de Caçador passa por reforma.
Vídeo
Um vídeo gravado por testemunhas mostra populares depredando a fachada da loja de conveniência após o crime. Assista:
O crime
A reportagem do Caçador Online teve acesso às imagens das câmeras, mas não obteve autorização para divulgá-las. No vídeo, é possível ver que a vítima estava dentro da loja de conveniência com um lanche na mão, próximo ao micro-ondas.
Por volta das 4h40, houve uma discussão entre o jovem e o vigilante, o qual agride a vítima duas vezes com uma tonfa, depois pega uma faca que estava no colete e esfaqueia o rapaz uma vez na região da axila. Em seguida, o jovem cai desfalecido e morre ainda no local.

Vítima: Ronaldo Simão Rodrigues Prestes
Foi esse também o entendimento da Polícia Civil para concluir o inquérito policial. O preso, que não teve o nome divulgado, foi indiciado por homicídio qualificado pelo motivo fútil e poderá ir a júri popular. Ele também é acusado de esfaquear outro jovem após a confusão, porém essa vítima teve apenas ferimento leve.