Apontado pela Polícia Civil de Caçador como um provável serial killer, por ser o principal suspeito pelo esquartejamento de duas vítimas nas últimas semanas, Fábio da Silva pode ser submetido a uma perícia psiquiátrica a pedido da defesa dele.
Preso desde o último dia 29, Fábio passou a ser representado na semana passada pelo advogado Giancarlo Almeida Schveitzer. Segundo o advogado, Fábio assume a autoria do assassinato de Lucas Pereira e de Clarisse Justino de Andrade, ambos esquartejados e enterrados em áreas afastadas do Centro de Caçador.
—A versão dele é a de que ele tem visões do pai (assassinado em 2013) há algum tempo e, em relação aos acontecimentos, não lembra exatamente como aconteceram. Ele diz que é o pai dele quem fez isso — conta Schveitzer.
O advogado diz ter acompanhado Fábio nos últimos dias a pedido de familiares dele. Isto porque ele já o representa no processo criminal que apura o assassinato do pai de Fábio em Curitibanos — o filho é acusado de ocultação de cadáver, enquanto a mãe é acusada de ter praticado o homicídio.
Como os inquéritos que investigam as mortes de Lucas e de Clarisse ainda estão em fase de elaboração, Schveitzer garante que ainda não tem intenção de tentar o relaxamento da prisão ou a liberdade do suspeito por meio de um habeas corpus, por exemplo.
A principal intenção, diz o defensor, é observar as garantias legais na condução da investigação.
—O inquérito está apenas começando, tem muitas situações para serem verificadas. A princípio, vamos acompanhar, ver tudo com calma. A única situação que eu notei é um desiquilíbrio mental. Por isso devemos requisitar uma perícia psiquiátrica para verificar a real situação dele — aponta o advogado.
O delegado responsável pelas investigações, Eduardo de Mattos, ainda aguarda a perícia em celulares e no computador apreendido na casa de Fábio. A suspeita é de que ele tenha gravado o assassinato de Clarisse e de outras eventuais vítimas.