O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou
nesta quarta-feira, 18, que a tendência na Casa é de rejeição à reforma
política aprovada pela Câmara, que retoma as coligações em eleições
proporcionais a partir de 2022, mas garantiu que vai colocar o tema em
apreciação dentro do prazo.
Segundo ele, "há uma tendência de manutenção do sistema
atual" entre os senadores, mas ainda haverá um amadurecimento do tema nas
próximas semanas.
“A tendência é de manutenção do sistema político tal como é
hoje, um sistema proporcional, sem coligações, com a cláusula de desempenho,
para que possamos projetar ao longo do tempo um cenário que vai ser positivo,
de menos partidos políticos e consequentemente de melhor legitimidade da
população”, disse o presidente a jornalistas, ao ser questionado se a proposta
tem chance de avançar.
Ele confirmou que fez um compromisso com o presidente da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para o tema ser apreciado, mas que não pode
garantir que haverá convergência. Na semana passada, Pacheco havia chamado
o retorno das coligações de "retrocesso".
Pacheco também afirmou que a reforma eleitoral será encaminhada
inicialmente à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), antes de seguir para o
plenário da Casa. O colegiado é comandado por um de seus principais aliados, o
senador Davi Alcolumbre (DEM-AP). Ainda assim, garantiu que o tema terá tempo
de ser apreciado.