O deputado estadual Valdir Cobalchini (MDB) postou uma nota nas redes sociais justificando o voto favorável ao prosseguimento do processo de impeachment do governar de SC, Carlos Moisés da Silva.
"Hoje demos um passo decisivo em um processo que, sou obrigado a registrar, é triste para Santa Catarina.
Não é a primeira vez que vivencio um processo assim: como Chefe de Gabinete do então Governador Paulo Afonso, também estive na linha de frente de um processo de impeachment. Sei o quanto é traumático. E sei que nenhum dos envolvidos sente qualquer tipo de alegria durante seu andamento.
Tendo esta experiência e sabedor das feridas profundas que um processo assim gera, adotei até aqui o máximo de equilíbrio possível, algo que a situação requeria. Foi a mesma postura que adotei quando fui vice-Presidente da CPI dos Respiradores, que apurou o desvio de R$ 33 milhões na aquisição de ventiladores pulmonares durante a pandemia.
Evitei pré-julgamentos. Sempre me mantive aberto a ouvir, ao diálogo e ao mais amplo contraditório. Mas chegou o momento em que somos chamados a nos posicionar. E assim o fiz através de meu voto pelo seguimento do processo de impeachment da vice-Governadora Daniela Reinher e do Governador Carlos Moisés.
Quem acompanha minha atuação, sabe que sempre estive à frente dos esforços para evitar que chegássemos a esta decisão tão difícil.
A ação pela qual Moisés e Daniela são julgados é relativa ao aumento dado à Procuradores do Estado, visando equiparação salarial com os Procuradores da Assembleia Legislativa, está amplamente fundamentada do ponto de vista legal.
Todo e qualquer Prefeito, mesmo no menor dos municípios catarinenses, sabe que não pode gerar novas despesas sem a anuência do Poder Legislativo. E se a medida que foi tomada pelo Governador Carlos Moisés, com a anuência de sua vice, houvesse sido tomada por qualquer um dos Prefeitos de pequenos municípios, não tenho a menor dúvida que o Judiciário certamente já os teria afastado do exercício de seus mandatos.
Agora o processo terá seu seguimento. Presidido pelo Presidente do Tribunal de Justiça e com 5 Desembargadores e 5 Parlamentares que julgarão o Relatório votado hoje.
O Governador e a Vice seguem tendo amplo direito à defesa.
De outro lado, a Assembleia Legislativa, que comporta em seu seio a representação dos 7 milhões de catarinenses, dada a sua composição absolutamente democrática, busca uma saída para a profunda crise que nosso estado enfrentou e ainda enfrenta.
Que Deus nos ilumine e nos permita sair desta crise com o mínimo dano possível, projetando o futuro próspero que o povo de nosso estado merece.
#CuidarDeVocê. Essa é minha missão!"