O Núcleo de Gestão pela Excelência da Associação Empresarial
de Caçador (Acic) realizou, no dia 12 de agosto, a segunda edição do Café com
Excelência. A iniciativa integra a programação do Mês dos Núcleos da Federação
das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) e tem como propósito
fomentar a melhoria da gestão empresarial por meio da troca de experiências e
apresentação de cases de sucesso.

Nesta edição, os participantes conheceram as trajetórias do
Grupo São Judas Tadeu e da empresa Temasa. A abertura do evento foi conduzida
pelo presidente da Acic, José Carlos Tombini, que parabenizou o Núcleo pela
organização e destacou a importância do associativismo como ferramenta de
fortalecimento empresarial.
Também esteve presente Bruno Tesser, diretor de Núcleos da Acic,
reforçando o apoio institucional à iniciativa. O coordenador do Núcleo de
Gestão pela Excelência, Matheus Kieslich, agradeceu a presença dos
participantes e ressaltou o papel do núcleo na promoção de boas práticas de
gestão. Durante o encontro, foi exibido o vídeo institucional do Sicoob,
parceiro do evento.
Grupo São Judas Tadeu: acolhimento e inovação
O primeiro case foi apresentado por Cristiane Corso,
sócia-proprietária do Grupo São Judas Tadeu e presidente da Associação Empresarial
de Videira (ACIAV). A Funerária São Judas Tadeu, fundada em 1977, deu origem ao
Grupo São Judas Tadeu, empresa familiar e de tradição, que oferece hoje
serviços funerários de excelência sendo referência no respeito ao próximo e
dedicação. Em 1994, quando Rosi e Elias Luiz Corso, assumiram efetivamente a
empresa, iniciou-se uma nova fase da empresa.
Os novos rumos do setor funerário direcionaram a implantação
do plano assistencial, as modernas técnicas de preparação dos corpos, as
construções e manutenções nos cemitérios, a disponibilização de espaço para
velórios e até os serviços de cremação.
Com sensibilidade e profundo conhecimento, Cristiane falou
sobre as inovações implementadas ao longo dos anos e as ações de acolhimento às
famílias enlutadas. Cristiane também
reforçou a relevância do associativismo na construção de empresas mais fortes e
conectadas com a comunidade.
Temasa: da marcenaria familiar à exportação global
O segundo case foi apresentado pelos diretores da Temasa,
Leonir e Lire Tesser. Eles compartilharam a história de superação da indústria
familiar, que hoje emprega cerca de 700 colaboradores e atende clientes
internacionais, como a sueca IKEA, referência global em móveis e decoração.
Lire relembrou o início da empresa, em março de 1990, quando
alugou uma marcenaria de 250 m² com apenas um funcionário. “Fazíamos portas e
janelas e vendíamos nos arredores do bairro onde estava instalada a empresa”,
contou. Filha de agricultores, Lire nasceu em Xanxerê e mudou-se para Caçador
aos 13 anos para estudar.
Leonir, natural de Caçador, era contador e decidiu abandonar
a profissão em 1992 para se dedicar integralmente à empresa. “Ganhei coragem e
passei a trabalhar só pelo valor da comida. Na época, tínhamos dois
funcionários”, relatou.
A virada nos negócios começou em 1993, com a fabricação de
portas de madeira de pinus para exportação. O primeiro contrato previa a
produção de mil portas por mês. Em 1995, Leonir fez sua primeira viagem
internacional para prospectar negócios com madeira curta — sobras do processo
produtivo — e firmou parceria com um cliente francês, iniciando o envio de dois
contêineres por mês. Outro marco importante foi a participação em um programa
de qualidade do Sebrae, em 2003, que impulsionou o crescimento da empresa em 108%.