Mais de 100 pessoas participaram do I Congresso de
Antropologia, Memória e Identidade Rural do Contestado (CAMIRC 2025), realizado
dia 24 de julho, no salão da comunidade São Francisco, em Caçador/SC.

A iniciativa integra a Política Nacional Aldir Blanc de
Fomento à Cultura (PNAB 2024) e é viabilizada por meio de parceria entre a
Fundação Catarinense de Cultura, o Governo do Estado de Santa Catarina e o
Ministério da Cultura.
Com o tema “Cultura e Agricultura”, o Congresso reuniu
agricultores, artesãos, pesquisadores e lideranças comunitárias para debater a
identidade rural sob uma perspectiva antropológica e histórica. Atrações
culturais locais abrilhantaram o evento, com apresentações de Álvaro Menezes e
Mauro Sérgio França, da Secretaria de Cultura de Caçador, e do músico Flavio
Camuzatto.
A abertura teve a presença do Prefeito de Caçador Alencar
Mendes, Marcelino Brusco, do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura
Familiar de Caçador e Região (SINTRAFCAR), Afonso Menegazzo, do Sindicato
Rural, Nelson Molinski, da Secretaria de Cultura e o coordenador do evento,
Clóvis Aléssio.
O evento evidenciou as práticas, memórias e modos de vida
que compõem o tecido cultural da região do Contestado, marcada por sua
resistência camponesa e riqueza simbólica.
A programação teve apresentação das Comunidades rurais e
seus saberes culturais, com Eloisa Tesser Tessari, empreendedora Rural da linha
São Francisco, Eduardo Nascimento, de Taquara Verde, Edelar Gatermann, do
Assentamento Hermínio Gonçalves dos Santos, Méri Scolaro da Comunidade São
Pascoal e, Clarice e Geni da Comunidade do Castelhano.
Ao final, foi realizado uma mesa redonda com o SINTRAFCAR,
representado por Marcelino Brusco, o Sindicato Rural representado por Afonso
Menegazzo e a Ampe Caçador, representado por Bruna Machado Damaceno.
O encerramento ficou por conta da Presidente da Ampe, Bruna
Machado Damaceno, que fez propôs a criação de um Núcleo de Agricultura,
envolvendo agricultores e entidades rurais, com o objetivo de fomentar o
diálogo sobre os desafios, ideias, oportunidades e soluções do setor. A
proposta é que este evento não marque um ponto final, mas sim um ponto de
partida para novas iniciativas colaborativas.
O coordenador do evento, Clóvis Aléssio agradeceu toda a
equipe que trabalhou na organização e especialmente, todos os participantes,
que garantiram o sucesso do evento. “Nossa avaliação é muito positiva. Foi um
evento com muita escuta ativa e o intercâmbio de experiências entre os
diferentes saberes, com repasse de informações para os agricultores e
agricultoras e relatos de experiências muito valiosas”, destaca.