Em entrevista coletiva nesta terça-feira, 23, o secretário
de Estado da Administração, Vânio Boing, afirmou que o Governo de Santa
Catarina está disposto a retomar as negociações com os profissionais da
Educação que declararam greve assim que as atividades forem retomadas
normalmente nas escolas estaduais. Na manhã desta terça, para dar
prosseguimento às conversas, o secretário recebeu os líderes da categoria, que
optaram por seguir convocando os servidores para a paralisação.
Boing explica que, das quatro reivindicações feitas pelos
servidores, três já foram atendidas final de 2023, quando o Governo do Estado
anunciou o maior concurso da história da Educação de Santa Catarina, aumentou o
valor do vale-alimentação e iniciou a redução progressiva para encerrar a
cobrança de 14% na previdência dos aposentados. A principal reivindicação,
contudo, seria a descompactação do plano de cargos e salários.
“A proposta feita pelo sindicato faria com que o Estado
ultrapassasse em muito o limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Nós pretendemos retomar as negociações assim que todos os servidores voltarem
aos seus postos de trabalho”, finaliza.
Poder de compra mantido
A variação da folha bruta da educação foi superior ao
acumulado do INPC dos últimos cinco anos. Na comparação com os demais estados
da região Sul, Santa Catarina também é o que melhor remunera seus servidores
públicos, segundo levantamento da Secretaria de Estado da Administração.
Hoje, a categoria conta com 83.617 profissionais, número que
representa mais de 50% do total de servidores do Estado. Com o concurso público
anunciado, e que terá seu edital lançado ainda no primeiro semestre de 2024,
serão admitidos 10.000 servidores efetivos.
Adesão
De acordo com a direção do Sinte, o sindicato da categoria,
a adesão à greve em todo o estado está em torno de 30%, superior a expectativa
inicial, que era de 20%.