Os números de suicídios no Brasil são altos e preocupantes.
Acontece uma morte por suicídio a cada 45 minutos, mas para cada morte temos
outras 20 tentativas. No mês de setembro, na Campanha Setembro Amarelo, mais
ações e diálogos são divulgados sobre suicídio e seus fatores de risco. “Mas é
importante falar sobre a situação o ano todo, alertando mais pessoas”, afirma a
psicóloga Lígia Arcego Pierdoná Vitto, da Unimed Caçador.
A profissional relaciona sinais importantes que devem ser
observados no comportamento das pessoas, independente da idade, e alerta que é
preciso procurar ajuda. “Isolamento social, histórico de depressão na família,
ansiedade, baixa autoestima, desânimo, falta de apetite, sono desregulado, são
alguns dos sinais que as famílias devem ficar atentas”.
Ela lembra que não existem dados como idade ou gênero, por
exemplo, que possam prever quem será a pessoa que vai se matar, logo é
importante sempre fazer o melhor possível.
Lígia destaca que diante dessa situação, o sentimento de
impotência pode se fazer presente. Entretanto, ao contrário do que o senso
comum tende a reproduzir, existem diversas maneiras de auxiliar essa pessoa.
“Se há uma desconfiança, é importante que se converse diretamente com a pessoa
que está sofrendo. Um diálogo aberto, respeitoso, empático e compreensivo pode
fazer a diferença. Oferecer suporte emocional e informar sobre a ajuda
profissional, bem como se mostrar à disposição, caso ela queira conversar
novamente, são pontos importantes”, relata.
A Unimed Caçador possui duas psicólogas para atendimentos,
de segunda a sexta-feira. Os atendimentos são com encaminhamento médico e, após
a autorização, é realizado o agendamento.
A Campanha
O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a
prevenção do suicídio. No Brasil, foi criado em 2015 pelo Centro de Valorização
da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de
Psiquiatria (ABP), com a proposta de associar a cor ao mês que marca o Dia
Mundial de Prevenção do Suicídio (10 de setembro). Se precisar conversar ligue
188 ou acesse www.cvv.org.br