O Museu do Contestado completou nesta quarta-feira, 18, 35 anos desde sua fundação. A data foi marcada com a abertura oficial da Exposição Temporária “Entre Trincheiras – Armas de Guerra”. O evento contou com a presença do superintendente da Fundação Genésio Miranda Lins, de Itajaí, Darlan Cordeiro. A entidade foi parceira cedendo armas da Revolução Federalista, Guerra do Paraguai, para acrescentar ao acervo de objetos oriundos da Guerra do Contestado.

Também estiveram presentes a coordenadora do Museu, Caroline Martello, o diretor presidente da Fundação Universidade do Contestado de Caçador, Luiz Eugênio Beltrami, o presidente da Associação Amigos do Museu, Júlio Corrente e os vereadores Adílson Estanisloviski e Sirlei Cecatto.
Em seu discurso, o presidente da Associação Amigos do Museu lembrou que o museu faz parte da memória de um povo e de uma região. "É extremamente importante que o Museu continue com esse bom trabalho, para que as futuras gerações conheçam seu passado e entendam sua evolução", disse Corrente.
O presidente da UnC argumentou sobre o tema da Exposição. "Se existiram armas é porque não houve entendimento entre as pessoas. É importante entender bem isso para que no futuro não seja necessário o uso de armas para resolver as coisas", disse Beltrami. Ele ainda lembrou que em breve o Museu do Contestado estará colocando em prática um projeto de inclusão para deficientes visuais. "Teremos profissionais capacitados prestando atendimento especial para este público também ter acesso ao Museu, ao conhecimento", conclui.

A coordenadora do Museu, Caroline Martello, destacou a parceria com a Fundação Genésio Miranda Lins e também citou novidades. "Logo vamos estar lançando o site do Museu, divulgando ainda mais o que a gente considera um dos marcos mais importantes da região e do Estado".
O Museu
O Museu Histórico e Antropológico da Região do Contestado é uma unidade mantida pela Fundação Universidade do Contestado – Campus de Caçador – que em 1995 sucedeu a Fundação Educacional do Alto Vale do Rio do Peixe – FEARPE – esta que criou a unidade museológica em 18 de março de 1974, com o objetivo de documentar, preservar e guardar viva a memória e a cultura do passado de Caçador e do Centro-Oeste de Santa Catarina.

Foi idealizado pelo historiador Nilson Thomé e pelo antropólogo e padre Thomas Pieters para ser fonte permanente de pesquisa, visando a construção do conhecimento histórico e a transmissão da herança cultural do Contestado nas futuras gerações.
Em 25 de outubro de 1986, a Universidade do Contestado inaugurou a sede própria do museu: o edifício “Achiles Stenghel”, prédio de madeira de 460 metros quadrados de área construída, com fundamentos e estrutura em concreto armado, réplica ampliada da primitiva Estação Ferroviária de Rio Caçador, localizado na Rua Getúlio Vargas número 100, no Centro de Caçador, em terreno de 3.500 metros cedido pela Rede Ferroviária Federal S/A, edificado com recursos do Governo do Estado com participação do município e indústrias da cidade.
Recebendo em média 1.200 visitantes por mês, em pouco tempo p Museu do Contestado constituiu-se no mais belo cartão postal e no mais concorrido ponto de atração turística de Caçador. O prédio tem dois pavimentos, revelando em seu interior a exuberância natural da madeira de pinho e imbuia, com piso de pedra, também lembrando como era a antiga estação ferroviária, que foi construída em 1910 e destruída por incêndio em 1943.