As Olimpíadas de Tóquio 2020 foram oficialmente adiadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) por causa da pandemia de coronavírus. A decisão veio após reunião por videoconferência na semana passada. A decisão foi aprovadas pela maioria dos atletas da elite brasileira, inclusive pela Goleira Bárbara, da Seleção Brasileira de Futebol e também atleta do Avaí Kindermann, time de Caçador.
Essa seria a última Olimpíada disputada pela Goleira, que planeja encerrar a carreira em Caçador, no Avaí Kindermann. Ela destaca que entende a situação e aprova a decisão. “Eu concordo com a decisão de adiar as Olimpíadas mesmo tendo um significado muito grande pra mim. Neste momento a preocupação de todos é com a saúde de todas as pessoas. Acho que o momento é delicado, e precisamos pensar em estratégias para frear a pandemia. A decisão da COI foi assertiva”, destaca Bárbara.

Bárbara disputou pela primeira vez uma Olimpíada em 2008. Ao todo, em sua carreira, foram três Olimpíadas, nos quase 15 anos de Seleção Brasileira. A atleta, que já foi medalhista de prata na Copa do Mundo, destaca que irá aproveitar o período para treinar ainda mais e se preparar para 2021. “Na última convocação com a Seleção infelizmente eu acabei me lesionando durante o jogo, mas graças a Deus estou me recuperando muito bem. Essa semana fiz novos exames e todos estão confirmando a minha melhora gradativa. Já estou fazendo alguns treinos em casa, e começando a pegar a bola novamente. Vou aproveitar esse adiamento para me preparar ainda mais, pra chegar em 2021 e conquistar o meu objetivo”, disse Bárbara.
No período de quarentena, a Confederação Brasileira de Futebol - CBF, orientou as equipes de futebol feminino a darem férias para os atletas até o dia 20 de abril. As atletas do Avaí Kindermann seguem treinando em casa, com um cronograma específico para que os treinos sejam realizados de forma individual. Essa é uma das medidas que o time caçadorense tomou para ajudar no combate ao Covid-19.
Bárbara, que também é acadêmica do curso de enfermagem, destaca que o novo coronavírus é uma situação preocupante, e reforça o pedido para que a população fique em casa. “Eu também sou da área da saúde e vejo o quanto a comunidade científica tem se empenhado para encontrar o tratamento para a Covid-19. Mas sabemos que demanda de muita pesquisa e até lá, o meu pedido a todos, é que quem pode, que fique em casa. A gente precisa ajudar os médicos, enfermeiros e todos que trabalham na linha de frente a fazerem o trabalho deles com segurança. E a gente pode ajudar muito ficando em casa”, finaliza.