Com a notícia de que Caçador voltará a contar com o atendimento de médicos peritos na agência local do INSS e, por determinação judicial, o Instituto terá também que disponibilizar o serviço de reabilitação, a vereadora Lidiane Cattani (PP) chamou atenção durante sessão ordinária desta semana para a necessidade da implantação de um Centro de Reabilitação Profissional (CRP), para atender os segurados, possibilitando sua inserção ao mercado de trabalho, aliada a qualidade de vida.
Segundo ela, atualmente o INNS de Caçador conta apenas com o serviço de um assistente social, que atende uma semana por mês. E, assim que o CRP de Videira iniciar as atividades os segurados serão encaminhados para lá, o que causará o mesmo dilema de ter que se deslocar para outra cidade, para receber o serviço de reabilitação.
“Hoje a estrutura oferecida pelo INSS é mínima e, nada contra o serviço de um assistente social, mas não é um profissional qualificado para atendimento relacionado à saúde do trabalhador. Assistente social não estuda saúde humana, só teoria social”, aponta a vereadora, acrescentando que “com o serviço oferecido hoje, o INSS tem inserido no mercado de trabalho segurados ainda lesionados, que acabam tendo o problema agravado, por não estarem totalmente curado para voltar a trabalhar”.
Lidiane informa que desde 2018 há um movimento importante no Município para que este Centro de Reabilitação seja efetivado, inclusive, o projeto já está pronto.
“Há um movimento importante da Rede de Inclusão (art. 93, da Lei 8.213/1991) e do Núcleo de RH da ACIC, em parceria com a UNIARP e as empresas locais para que isso aconteça. Então precisamos unir forças, através de uma parceria pública-privada, com envolvimento também desta Casa, para que efetivar esta conquista”, destaca.
Ela explica ainda que o Centro de Reabilitação poderá auxiliar as empresas com mais de 100 funcionários que precisam cumprir a chamada Lei de Cota (art. 93, da Lei 8.213/1991), com a inserção dos segurados com deficiência ou reabilitados em seus quadros de colaboradores.
“Além disso, aproximar os serviços evita transtornos de ter que encaminhar seus funcionários para outras cidades para ter acesso aos serviços com os seguintes profissionais: fisioterapeuta, psicólogo, assistente social e educador físico, por exemplo”, destaca Lidiane, afirmando que “somente com acesso a esses serviços de reabilitação os segurados serão inseridos no mercado de trabalho com qualidade”.
A vereadora cita como exemplo a cidade de Capinzal, onde foi inaugurado em 2015 um CRP que hoje é referência para vários outros municípios. Ela pretende visitar o espaço em breve para conhecer o seu funcionamento e, no dia 15 de julho, tem reunião agendada com o Núcleo de RH, da ACIC, para tratar desse assunto.