O Programa de Internacionalização da Indústria de SC da FIESC foi apresentado para empresários, representantes de entidades, sindicatos e profissionais do comércio exterior de Caçador e região nesta quinta-feira (13) no SESI. O encontro, favoreceu a troca de experiências sobre o tema, discussões sobre os desafios enfrentados pelos empresários, além de apresentar detalhes do programa para apoiar a indústria na implementação do seu plano de internacionalização a partir do resultado do diagnóstico que avalia o nível de maturidade.
O Programa foi apresentado pela presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante. Segundo ela, é decisão estratégica da empresa se ela vai exportar, importar ou fazer alianças estratégicas internacionais. “O que temos por obrigação, como defensores da indústria, é que as empresas têm que ser competitivas e estar preparadas para enfrentar o concorrente externo, seja em nosso país ou no exterior”, comentou.
A abertura do evento teve a presença industrial Gilberto Seleme, 1º Vice-presidente da FIESC e do industrial Leonir Tesser, vice-presidente da Regional Centro-Norte da FIESC.
Em sua apresentação, Maria Teresa explicou que a partir da aplicação do diagnóstico individual, a empresa saberá o seu grau de maturidade em relação ao comércio exterior e, com isso, poderá criar um plano de ação. “A partir das respostas, é possível identificar se a empresa está madura para o comércio internacional ou quais os requisitos ela precisa preencher para isso. Há ferramentas que envolvem benefícios fiscais, como o Drawback, por exemplo, que são desconhecidas. Se o diagnóstico mostrar que a empresa precisa avançar em contratos internacionais, vamos qualificá-la para que ela domine isso”, explicou.
A presidente da Câmara lembra que o Brasil tem sua economia aberta e o novo governo tem anunciado a intenção de reduzir alíquotas de importação, o que reforça a importância de a indústria brasileira ampliar sua competitividade para poder fazer frente a essa nova realidade. Dados levantados pela FIESC mostram que cerca de 6,5 mil indústrias catarinenses exportaram de 2012 a 2017. Dos 50 mil estabelecimentos industriais presentes no estado, 13% atuam em comércio internacional.
A iniciativa integra o Programa de Internacionalização, lançado pela FIESC em dezembro de 2018, com o objetivo de tornar as indústrias mais competitivas e prepará-las para as diversas possibilidades que o mercado internacional oferece, seja exportação, importação ou alianças para fazer frente aos concorrentes internacionais presentes no Brasil e no exterior. Atualmente, 2,5 mil empresas catarinenses exportam, sendo que 1,4 mil delas são micro e pequenas. Estas, entretanto, respondem por apenas 2,5% do total (dados de 2018).
As ações já realizadas no âmbito do programa podem ser divididas em quatro fases: mapeamento e análise de programas existentes, estudo e identificação de empresas potenciais, proposta de sensibilização e indicadores de medição.
Por meio do programa, a FIESC mapeou 60 iniciativas, programas e serviços nacionais e catarinenses, dos quais boa parte são gratuitos, e estão disponíveis às empresas que desejam melhorar o desempenho nessa área.
Visitas
A presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante e o consultor Alexandre Martin, conheceram um pouco do potencial industrial e exportador da cidade de Caçador. Eles estiveram visitando duas empresas exportadoras nesta quinta-feira (13): Viposa e Temasa.