Continuam nesta terça-feira (19) as buscas pelo possível corpo de Nadir Terezinha Lemos Bilous, de 56 anos, que sumiu há mais de uma semana, em Caçador. A Polícia Civil investiga o desaparecimento e acredita que ela tenha sido vítima de homicídio.
Foto: Divulgação/Caçador Online
A área de buscas, que foi ampliada nesta semana, se concentra em solo e rio na região entre o Presídio e a empresa Tedesco, trecho onde foram encontradas as roupas e a prótese dentária de Nadir. Até o momento nenhuma outra pista foi encontrada.
Participam da operação de busca policiais civis, bombeiros voluntários e cães farejadores do Grupo de Operações, Resgate e Salvamento com Cães (GORSC), de Concórdia, que realiza o trabalho de forma voluntária.
Um suspeito chegou a ser preso na quinta-feira passada (14), mas o Poder Judiciário considerou a prisão ilegal e o homem foi posto em liberdade no dia seguinte. O juiz também negou um pedido de prisão temporária contra o investigado (J.R.C, de 39 anos).
A polícia não descarta algum ato de violência sexual, pois a vítima estava bastante embriagada no dia do seu desaparecimento, sua roupa foi retirada totalmente do corpo e o local é conhecido como ponto de encontro.
Qualquer informação sobre o caso pode ser repassada de forma anônima e gratuita à polícia pelo Disque 181 e pelo WhatsApp (49) 99197-0010.
Sobre o desaparecimento
Nadir desapareceu no domingo (10). O principal suspeito declarou à polícia que esteve com ela em um bar na rua Elias Biasi, no bairro Berger, e que deu carona a ela até outro estabelecimento, que fica a cerca de 300 metros.
Na quarta-feira (13), as suspeitas da polícia se acentuaram. Vigilantes de uma empresa localizaram as roupas e parte da prótese dentária da vítima na rodovia Primo Tedesco. A polícia confirmou que a vítima usava tais roupas, pois teve acesso a um vídeo gravado no bar.
Novas buscas foram realizadas por policiais civis e peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP) na semana passada, os quais localizaram a outra parte da prótese dentária e um anel de Nadir, que foram reconhecidos pelos familiares.
Indícios de crime
Quando foi preso na semana passada, o investigado negou o crime. Ele passou por exames de corpo de delito, cujo laudo indicou uma lesão no antebraço compatível com arranhão feito há poucos dias, data coincidente com o desaparecimento de Nadir.
No porta-malas do veículo do suspeito foram localizados diversos fios de cabelo de mesma coloração da vítima. Foi realizado exame microscópico preliminar do IGP, porém a certeza virá com a realização de exame de DNA.
Também no carro foram localizadas gotas de sangue na porta do carona, bem como nas calças e nas botinas do suspeito. Um exame de DNA foi requisitado ao IGP para se apurar se o sangue é de fato da vítima.