Acontece nesta quarta-feira, 21, o segundo júri popular de Fábio da Silva, 24 anos, conhecido como “Picadinho” por matar e esquartejar as vítimas. Neste caso, ele é acusado pela morte de Clarisse Justine de Andrade, crime ocorrido em abril de 2016.
A sessão será realizada no Tribunal do Júri de Caçador a partir das 9h e terá como presidente o juiz Gilberto Kilian dos Anjos. A acusação será feita pelo promotor João Paulo de Andrade, e a defesa por Elaine Caroline Masnik, defensora pública.
O réu foi denunciado por homicídio quadruplamente qualificado pelo motivo torpe, pelo motivo fútil, pela asfixia, pelo recurso que dificultou a defesa da vítima e pela dissimulação. Ele também é acusado pelo crime de destruição de cadáver.
Este é o segundo júri popular de Fábio. Em abril deste ano, ele foi condenado pela morte de Lucas Pereira, que também foi esquartejado e enterrado. A sentença ficou definida em 13 anos e 2 meses de reclusão, mas depois a pena caiu para 8 anos e 7 meses após um recurso de apelação no Tribunal.
Saiba como ocorreu o crime
Segundo o que foi apurado pela Polícia Civil, a vítima Clarisse foi morta por asfixia e depois esquartejada e enterrada na linha Caixa d’Água, interior de Caçador, nas proximidades da Epagri. O crime ocorreu no dia 20 de abril de 2016.
A polícia apurou que durante a noite Fábio teve relações sexuais com a vítima no carro dele, um Fiat Tempra. Na volta, a vítima foi agredida e ficou inconsciente, e depois foi morta por asfixia.
Fábio teria deixado o corpo em uma vegetação e foi embora. Na noite seguinte, ele voltou ao local após sair do trabalho e utilizou uma pá-cortadeira para esquartejar o corpo da vítima, fazendo múltiplos cortes. Em seguida, ele cavou um buraco de cerca de 90 centímetros e enterrou o corpo.
Após a confissão do denunciado e com o auxílio de cães farejadores, a Polícia Civil, IGP e bombeiros encontraram o cadáver em fase de decomposição no dia 5 de maio de 2016.
Motivação
Fábio é acusado de cometer o crime por motivo fútil. No entendimento do Ministério Público, o denunciado escolheu a vítima Clarisse por acreditar que ela teve um relacionamento amoroso com a companheira dele, quando estiveram separados. Do mesmo modo, a promotoria entende que o denunciado matou a vítima em razão de desentendimento ocorrido entra ela e sua companheira na danceteria Maria Fumaça.
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