Iniciou às 9h desta sexta-feira, 18, no Fórum de Caçador, o júri popular dos três acusados de sequestrar, estuprar e matar Júlio Cesar Pereira Lopes, crime ocorrido no ano de 2014, em Calmon. Familiares da vítima assistem ao júri e pedem uma pena severa. Os acusados do crime são Cleiton da Silva Reval, de 34 anos, Cristiano Alves Antunes, 21, e Felipe Cesar da Luz, 21.
O irmão da vítima, Aguinaldo Roberto Pereira Lopes, de 37 anos, deu entrevista antes de iniciar a sessão. Ele diz que tem fé na justiça de Deus, e que confia também que os jurados condenarão os réus. “Se soltarem eles, quem estará preso será a nossa família, a sociedade”, afirma.
Justiça é o que pede a família da vítima
Segundo o Ministério Público, Júlio (a vítima) foi torturado, sofreu estupros, passou por humilhações e sofrimento físico e moral, e por fim foi morto de forma cruel. Os crimes foram cometidos porque a vítima teria apenas dançado com as ex-namoradas de dois dos acusados, em uma festa. O irmão de Júlio se diz chocado com tudo isso.
“Nem um animal, um ser irracional, faria uma coisa dessas. Lendo a reportagem, pude sentir toda a tortura que ele passou, todo o sofrimento que ele teve antes de morrer. Isso não é coisa de quem pensa em Deus e preserva a família”, acrescenta Aguinaldo.
Além dele, a irmã também assiste ao júri. Familiares e amigos vestem camisas estampadas com o rosto de Júlio e um pedido de justiça. O pai, de 76 anos, e a mãe, de 74, estão bastante doentes e por isso não foram levados ao júri. “Principalmente depois da morte dele parece que se entregaram a Deus”, finaliza o irmão.
Presidido pelo juiz de direito Rodrigo Dadalt, o júri popular é aberto à comunidade e deve perdurar até o final da tarde ou noite. O réu Cleiton tem como defesa a advogada Márcia Helena da Silva. Já Cristiano e Felipe são defendidos pela advogada Jucemara Thibes de Campos. A promotora substituta, Luciana Leal Musa, faz a acusação.
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