O nome da vereadora Cleony Figur (PSD), de Caçador, aparece na lista de políticos que receberam doações da JBS e Seara, nas eleições de 2014. A caçadorense se manifestou neste domingo, 21, sobre essa situação, confirmou ter recebido dinheiro via partido, mas salienta não pactuar com a corrupção.
“Recebi os recursos oficialmente, foram aplicados e prestados contas dentro da lei. Não me causou nenhuma satisfação saber que a doação repassada a mim pelo partido, foi originário da JBS. É uma realidade que devo enfrentar”, escreveu.
Foi nos cofres do PSD catarinense que aportou a maior parte dos recursos com origem na JBS e na Seara para as eleições em Santa Catarina. A declaração do delator Ricardo Saud de que acertou com Raimundo Colombo uma doação de R$ 8 milhões de forma oficial é comprovada nos registros de prestação de contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Confira a nota da vereadora:
"Prezados (as) Caçadorenses e Catarinenses!
No ano de 2014, fui convidada pelo partido para concorrer ao cargo de Deputada Estadual, por motivos que não interessam neste momento aceitei e o partido PSD-SC me auxiliaria com recursos para a campanha.
Recebemos os recursos, fizemos a campanha em Caçador, visitamos Calmon, Macieira e tive ajuda de amigos e cabos eleitorais em Fraiburgo.
Trabalhamos dentro da lei. Fizemos a prestação de contas, a mesma foi aprovada pela Justiça Eleitoral. A lei exige que os recursos recebidos pelo partido também devem ser informados o CNPJ do doador originário. Assim procedemos.
Ontem saiu no Diário Catarinense a relação dos candidatos que receberam recursos da JBS. Relação esta obtida no portal do Tribunal Superior Eleitoral –TSE e informam que os recursos foram oficiais, ou seja, doações dentro da lei.
Cleony Barbosa, sou eu. Cleony Lopes Barboza Figur. Não tenho nada a esconder. Recebi os recursos oficialmente, foram aplicados e prestados contas dentro da lei. Não me causou nenhuma satisfação saber que a doação repassada a mim pelo partido, foi originário da JBS. É uma realidade que devo enfrentar. Não temo nenhum processo, porque agimos dentro da lei. Não tive Caixa 2, ou seja, recursos recebidos sem prestar contas à justiça.
Não pactuo com a corrupção! Acredito que o Brasil vai mudar, precisa mudar, doa a quem doer!"