Os capuchinhos da província do Rio Grande do Sul, entre eles o padre Renato Luiz Caron da Diocese de Caçador, lançaram uma nova campanha de ajuda humanitária no Haiti. Os freis que se encontravam no país no momento do furacão Matthew, que atingiu o sul do Haiti no início do mês e deixou pelo menos 473 mortos, estão ajudando na reconstrução do lugar e no atendimento à população afetada.
Renato Caron, natural de Treze Tílias/SC, foi ordenado diácono no Santuário de Fraiburgo onde autuou por algum tempo. Passou pela paróquia São Francisco de Assis, em Caçador, antes de ir para o Haiti cumprir missão em abril de 2012. Há anos atua na Região de Les Cayes, onde agora ajuda famílias prejudicadas pelo desastre natural.
Padre Renato Caron (arquivo)
O padre da Diocese de Caçador e os demais capuchinhos em missão no Haiti ficaram quase duas semanas sem comunicação com o Brasil devido à devastação feita pelo furacão. Eles conseguiram enviar informações através da fraternidade da capital, Porto Príncipe, e disseram que estão bem e sem ferimentos.
Eles estão trabalhando na reconstrução de escolas, postos de saúde, igrejas e outros locais que foram danificados pelo furacão que atingiu a região Sul do Haiti.
Ajude: Para ajudar a Missão dos Capuchinhos no Haiti, está disponível a conta bancária: Banco do Brasil – Agência 1487-7 – Conta 26792-9.
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A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) alertaram nessa segunda-feira (24) que, após a passagem do furacão Matthew no Haiti, 1,4 milhão de haitianos precisam de assistência alimentar e pelo menos 800 mil pessoas estão em carência imediata desse tipo de ajuda no país.
Devastação em Les Cayes, região onde o padre Renato Caron estava (Foto: Reuters/Andres Martinez Casar)
Segundo a ONU, o setor agrícola do Departamento de Grande-Anse foi destruído. Os estoques de comida também sofreram danos graves, e os alimentos foram reduzidos a frutas caídas das árvores. Cerca de metade dos rebanhos na região foi dizimada. Praticamente todas as colheitas e árvores frutíferas foram destruídas.
Além de tudo, quase 800 casos de cólera foram registrados em uma semana no Haiti após a passagem do furacão Matthew, anunciou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na semana passada.