Polícia Civil de Caçador prende casal por adoção ilegal

Uma equipe da Polícia Civil de Caçador está em Curitiba, onde prendeu Thiago Abiezer Pave e Rafaela Pereira Venâncio Pave, acusados de adotar ilegalmente uma criança. O mandado de busca e apreensão partiu da juíza da Vara da Infância de Caçador. A criança foi localizada pela polícia e será levada a um abrigo.

Segundo o delegado Eduardo Mattos, a investigação foi realizada pela Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), após denúncia encaminhada pelo Ministério Público de Caçador.

“A suspeita era que o casal preso tivesse realizado adoção à brasileira, ou seja, uma adoção direta sem passar pela Justiça”, explica o delegado.

A mãe de origem e o casal foram inquiridos e inicialmente negaram os fatos. No entanto, a investigação conseguiu comprovar que a mãe efetuou a entrega da criança no mesmo dia que recebeu alta hospitalar, após o parto.

“Diante das evidências a juíza da Vara da Infância determinou que a criança fosse recolhida ao abrigo”, acrescentou o delegado.

Porém, o casal acabou se mudando para Joinville e de lá tomou rumo ignorado, não sendo possível cumprir a ordem judicial.

"Em seguida a polícia descobriu que a mulher acabou dando um golpe na empresa onde trabalhava, no valor de mais de R$ 60 mil, com ajuda do marido, antes de se mudarem para Caçador”, revela o delegado Mattos.

Com essa nova informação, a polícia conseguiu uma pista de que o casal e a criança poderiam estar escondidos na casa de familiares na cidade de Curitiba. 

O cumprimento das ordens judiciais foi realizado pelos policiais de Caçador com apoio da polícia de Curitiba.

De acordo com o delegado, a mãe de origem acabou confessando que entregou a criança ao casal. O bebê tem sete meses de idade.

Penas

Thiago será enquadrado pelos crimes de parto suposto, com pena prevista de dois a seis anos de prisão, e furto, com pena prevista de um a quatro anos de prisão.

Rafaela será enquadrada pelos crimes de duplicata simulada, com pena prevista de dois a quatro anos de prisão, além de furto, com pena prevista de um a quatro anos de prisão. 

A mãe de origem, que não teve o nome revelado, vai responder crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pode pegar de um a quatro anos de prisão.