Mais uma etapa do leilão da Sulca foi realizada nesta sexta-feira, 6, porém sem sucesso. Depois de duas praças, foi a vez da venda direta, mas que não teve propostas. Nenhum possível comprador entregou proposta, cujo valor inicial (de entrada) era R$ 5,3 milhões e o restante parcelado.
A juíza da 2ª da Comarca de Caçador, Luciana Pelisser Gottardi, comentou sobre o próximo passo. Segundo ela, será aguardado mais dois ou três meses, até que o prazo da saída dos empresários do local expire para ver como o processo será continuado.
De acordo com ela, tanto pode ser feita uma venda direta quanto um novo leilão. Caso não haja nenhum comprador, pode ser estudada a hipótese de locação do imóvel, e o dinheiro será destinado ao pagamento dos ex-funcionários e também credores.
“Vamos aguardar até agosto, prazo final para a saída dos empresários que estão ocupando o imóvel. Talvez isso esteja causando certo receio por parte dos interessados. Foi aprovado na Câmara de Vereadores o prazo para as empresas deixarem o local voluntariamente que encerra no início de agosto. Caso essa ordem não seja cumprida pode haver a reiteração de posse usando a força policial”, disse a magistrada.
Já o vereador Valmor de Paula, que representa os ex-funcionários, lamentou a falta de interessados para compra do imóvel. “Isso está sendo frustrante para todos. Foi aprovado na Câmara e homologado pela juíza o prazo para desocupação. Porém foi convocada uma reunião com os empresários que lá estão instalados para complicar a negociação”, disse.
Valmor comentou que os ex-funcionários estão há quase 25 anos esperando para receber seus direitos, sendo que alguns já faleceram e seus herdeiros serão beneficiados. “Não posso acreditar que as pessoas estejam sendo contrárias ao direito dos trabalhadores que estão todo este tempo aguardando para receber seus créditos, que muitos não chegam a mil reais”, comentou o vereador.