O delegado João da Cunha Neto, da Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Caçador, divulgou detalhes de latrocínio (roubo seguido de morte) elucidado pela polícia seis meses depois. As informações foram repassadas em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, 14. Segundo o delegado, uma denúncia anônima foi fundamental para polícia prender os dois homens envolvidos no crime.
Em janeiro desse ano, Terezinha Lucia dos Santos, 66 anos, foi encontrada morta em sua própria casa, no bairro São Cristóvão, em Caçador. Mesmo em avançado estado de decomposição, peritos notaram indícios de sangue próximo ao corpo da vítima, que apresentava ainda sinais de violência.
De acordo com o delegado, a investigação foi bastante complexa por dois fatores: o corpo ter sido encontrado dias depois do crime e a ausência de testemunhas. Porém, uma denúncia anônima levou a polícia até o nome de um suspeito. Ele foi preso em Imbituba.
“A partir do momento que chegamos a esse nome pedimos um mandado de prisão que foi concedido pela Justiça, e esse suspeito acabou detido após um acidente de moto no litoral. Ao ser consultado seu nome no registro da polícia, foi constatado que estava com mandado em aberto. Nós o interrogamos e ele confessou ter praticado o crime e matado a vítima com um golpe de faca na cabeça”, explicou o delegado Cunha Neto.
Na ocasião, além de matar a vítima os criminosos levaram o carro dela, um Corsa preto, que estava na garagem. No depoimento o autor do crime contou ainda que o veículo foi levado a Itajaí onde foi vendido por R$ 200,00, valor utilizado para comprar crack.
“No depoimento descobrimos que ele não sabia dirigir e então era óbvio que havia um segundo envolvido, que também acabou preso depois em uma abordagem de rotina.
“O primeiro suspeito preso tinha o hábito de pedir dinheiro à vítima que sempre dava.
Ele usou isso para chegar até ela e cometer o crime. Ele revelou ainda que depois de ser golpeada, Teresinha entregou a chave do veículo. Segundo o laudo, ela não morreu em função do ferimento e sim pela perca de sangue nas horas seguintes”, detalhou o delegado.
Os dois indivíduos estão presos e foram indiciados por latrocínio. O inquérito já foi entregue ao Poder Judiciário que também já ofereceu a denúncia aos dois. A identidade deles não foi divulgada.
“O filho da vítima está detido no Presídio Regional de Caçador e a identificação dos acusados pode colocar em risco a segurança do sistema prisional. Por conta disto, a identidade dos dois acusados, sendo de 26 e 29 anos, está sendo preservada”, finalizou o delegado.
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