O réu Edson Adil Soares foi condenado a 17 anos e quatro meses de prisão por dupla tentativa de homicídio qualificada por uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas Adilson Marafigo e Alexandre Meirelles. O júri popular foi realizado nesta sexta-feira, 10, no Fórum da Comarca de Caçador.
A sessão foi presidida pelo juiz Yannick Caubet. Pelo Ministério Público, autuou o promotor Gabriel Ricardo Zanon Meyer e a defesa ficou a cargo da advogada Elaine Caroline Mosmik. O júri encerrou por volta das 16h e o réu retornou ao Presídio Regional de Caçador onde cumprirá sua pena.
A acusação defendeu a tese da autoria dos fatos. Já a defesa se ateve as teses de legítima defesa, negativa de dolo, desqualificação para lesão corporal, porém todas elas negadas pelos jurados.
Duas pessoas foram arroladas no júri, sendo uma delas a própria vítima, Alexandre que foi atingido no antebraço direito.
Edson teve o direito de recorrer em liberdade negado pela Justiça.
O caso
De acordo com os autos do processo, o crime foi cometido na madrugada do dia 24 de fevereiro de 2013, no bairro Berger, próximo ao posto Madeira. Adilson foi alvejado na cabeça, nas costas e na perna. Já Alexandre foi baleado no antebraço direito.
Segundo relatos de testemunhas ouvidas no dia do crime, as duas vítimas se envolveram em uma briga na saída de uma casa de festas no bairro Vereda dos Trevos. Depois disso, o acusado Edson Adil Soares seguiu os dois e quando os localizou, saiu de um GM Monza que estava de carona e efetuou os disparos.
Edson foi preso algum tempo depois após as investigações da Polícia Civil descobrir a identidade do acusado e solicitar ao Poder Judiciário o mandado de prisão. Ele permanece preso no Presídio Regional de Caçador.
Adilson ficou com debilidade permanente, com dificuldades para falar e de se locomover.