É com entusiasmo que Vânio Czerniack recebe a reportagem do Portal Caçador Online para informar a novidade: a araucária plantada no terreno de sua casa, na rua Ituporanga, no bairro dos Municípios, bateu mais um recorde de produção: 674 pinhas, desempenho nunca visto antes e que chama a atenção dos pesquisadores mais conceituados na área.
Para se ter uma ideia, a produção normal de uma araucária é de 30 pinhas por ano. De acordo com Czerniack, há registros mais raros de até 120 pinhas, mas nada próximo ao desempenho da árvore plantada por ele em 1986. “Plantei alguns pinheiros nos fundos do terreno e com a construção da casa só sobrou esse. Jamais imaginava que um dia iria produzir tudo isso”, lembra.
A surpresa veio oito anos depois, em 1994, quando a araucária deu a primeira safra. “Percebi que era uma árvore especial porque normalmente os pinheiros mais precoces começam a produzir aos 12 anos. Depois disso a cada ano a produção foi aumentando, cada vez mais e fora do normal”, diz Vânio.
Em 2005 começou a vida pública do pinheiro, despertando o interesse da Epagri e da mídia local. Neste ano a produção foi de 155 pinhas. Mas a fama maior veio em 2008, quando a árvore carregou com 374 pinhas e a história foi contada em rede nacional de televisão, no programa Globo Rural.
Em 2009 a araucária ainda foi além, produzindo 398 pinhas. No entanto, a safra de 2015 reservava o novo recorde de 674 pinhas. Segundo Vânio, a contagem exige dedicação. “Eu subo no pinheiro e conto galho por galho, andar por andar. Anoto tudo para fazer médias e comparações. Depois de meus filhos é minha maior paixão”, afirma ele.
Na contabilidade de Vânio entram apenas as pinhas que vão produzir no ano. "Se for contar as que estão se formando para a safra que vem passaria de mil".
Pesquisador nunca viu igual
Nesta semana, Vânio recebeu a visita do pesquisador Flávio Zanetti, professor da Universidade Federal do Paraná e um dos maiores especialistas em araucárias. “Ele tem 40 anos de pesquisa em araucárias, subiu comigo no pinheiro e ficou maravilhado. Nunca viu igual”, comenta o caçadorense.
O material genético desta araucária já foi estudado por Zanetti, que constatou um DNA 85% diferenciado com relação a outras árvores da espécie.
Sementes distribuídas no Brasil e exterior
Ainda de acordo com Vânio, 95% da produção é comercializada para plantio. “Desde 2008 com a matéria no Globo Rural recebo muitos pedidos. Muitos vem até minha casa para conhecer o pinheiro e buscar as sementes. Já mandei para várias regiões do Brasil. Nos próximos anos vamos saber se os filhos são tão produtivos quanto a árvore mãe”, explica.
Além do Brasil, sementes da araucária caçadorense já foram plantadas também nos Estados Unidos e Portugal.
Para mais informações telefone (49) 3567 2673 ou e-mail: vanioantonioczerniak@brturbo.com.br
Imagens com drone